quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Material de Português - Profa. Tereza

EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS


Exercícios
01. Forme o plural dos compostos abaixo:
A) zunzum ____________________________________
B) guarda-civil _________________________________
C) alto-falante__________________________________
D) beija-flor ___________________________________
E) terça-feira __________________________________
F) vice-governador _____________________________
G) cachorro-quente _____________________________
H) sem-terra _________________________________
I) estrela-do-mar _____________________________


05. O plural de couve-flor, pão-de-ló e amor-perfeito é:
A) couve-flores, pães-de-ló, amores-perfeitos
B) couves-flores, pães-de-ló, amores-perfeitos
C) couves-flor, pão-de-lós, amor-perfeitos
D) couves-flores, pães-de-lós, amor-perfeitos
E) couves-flores, pão-de-lós, amores-perfeitos



Exercícios

01. Anexe corretamente os pronomes oblíquos aos verbos:
Chamar + o ¬¬___________________________________
Conhecer + o _________________________________
Indispõe+a____________________________________Convidam + o__________________________________
Vimos + as____________________________________
Fez + os______________________________________


03. - Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, é como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras mais energéticas, não há espetáculo sem espectador. (...) Machado de Assis, O segredo do bonzo.

Nos segmentos do texto “o ouvem ou contemplam”, “se eles não existissem” e “se ninguém os vir”, os pronomes o, eles e os referem-se, respectivamente, a:
A) espírito, outros homens, frutos de uma laranjeira.
B) sujeito, profundos conhecimentos, outros homens.
C) saber, frutos de uma laranjeira, virtudes e conhecimentos.
D) sujeito, virtudes e conhecimentos, frutos de uma laranjeiras.
E) espírito, virtudes e conhecimentos, outros homens.

04. Assinale a série de pronomes que completa adequadamente as lacunas do seguinte período:
"Os desentendimentos existentes entre ______ e ______ advêm de uma insegurança que a vida estabeleceu para ________ traçar um caminho que vai de _______ a _______."

A) mim - ti - eu - mim – ti
B) mim - ti - mim - mim – tu
C) eu - ti - mim - mim – tu
D) eu - tu - eu - mim - tu
E) eu - ti - eu - mim - ti

05. Dadas as sentenças:
A. Ela comprou um livro para mim ler.
B. Nada há entre mim e ti.
C. Adamastor, gostaria de falar consigo.
Verificamos que está (ão) correta (s):
A) apenas a sentença A
B) apenas a sentença B
C) apenas a sentença C
D) apenas as sentenças A e B
E) todas as sentenças


Texto I – (TRE/PE-2004)
Existem vários fatores que explicam a ocorrência de ataques de tubarão em Recife, mas os especialistas consideram que talvez o principal deles tenha sido a construção do porto de Suape. Ele foi inaugurado em meados da década de 80, mas passou a funcionar a pleno vapor a partir dos anos 90. E foi exatamente nessa última década que começaram a explodir os ataques de tubarões nas praias metropolitanas de Recife. Antes desse período, nenhum caso havia sido registrado na região.
"É provável que haja uma correlação significativa entre o número de navios no porto e a ocorrência de ataques. Os tubarões reconhecidamente costumam seguir grandes embarcações", afirma o biólogo Fábio Hazin, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mas também existem outros fatores, como a elevação do número de surfistas e banhistas, a crescente pesca de arrasto de camarão - com os barcos des¬pejando restos da pescaria no mar, o que atrai os tubarões -, a topografia do relevo submarino da região e até mesmo algumas condições climáticas, como a influência dos ventos nas correntes marítimas. De acordo com o biólogo, que tem acompanhado a situação, as principais espécies responsáveis pelos ataques são o tubarão-tigre e o cabeça-chata. As duas espécies são conhecidas pela ferocidade de seus ataques e pelo apetite insaciável. Uma prova desse poder predatório é que já foram encontrados no estômago de tubarões capturados os mais variados objetos, como placas de carro, garrafas, sacos plásticos e até mesmo latas de cerveja.
(Adaptado de Mundo Estranho. Superinteressante, julho 2003, p. 50)

07. (TRE/PE-2004) Uma prova desse poder predatório ... (final do texto) - O segmento do texto que explica a expressão grifada acima é:
(A) Os tubarões reconhecidamente costumam seguir grandes embarcações.
(B) ... como a elevação do número de surfistas e banhistas.
(C) ... as principais espécies responsáveis pelos ataques são o tubarão-tigre e o cabeça-chata.
(D) ... já foram encontrados no estômago de tubarões capturados os mais variados objetos.
(E) ... com os barcos despejando restos da pescaria no mar. ..

08. (TRE/PE-2004)... consideram que talvez o principal deles tenha sido a construção do porto de Suape. (início do texto)- O pronome grifado na frase acima substitui corretamente no texto a expressão
(A) de tantos ataques.
(B) dos especialistas.
(C) dos navios.
(D) dos tubarões.
(E) desses fatores.

09. (TRE/PE-2004) Nos segmentos abaixo ocorre a substituição de expres¬sões do texto pelos pronomes correspondentes. O pronome está empregado de modo INCORRETO, considerando-se também sua colocação, na alternativa:
(A) que explicam a ocorrência = que explicam-lhe. (B) o que atrai os tubarões = o que os atrai.
(C) seguir grandes embarcações = segui-Ias.
(D) com os barcos despejando restos = despejando-os.
(E) que tem acompanhado a situação = que a tem acompanhado.

10. (TRT/AL-2003) Antonio Candido escreveu uma carta, fez cópias da carta e enviou as cópias a amigos do Rio.
Substituem de modo correto os termos sublinhados na
frase acima, respectivamente,
(A) destas - enviou-as
(B) daquela - os enviou
(C) da mesma - enviou-lhes
(D) delas - lhes enviou
(E)) dela - as enviou
Texto II - (TRE/RN-2004)
O Brasil foi jogar bola no Haiti e isso não teve nada a ver com preparação para a próxima Copa. Quem estava em campo era a diplomacia. Para comprovar, basta ver a cobertura da televisão: em vez da Fila, era a ONU que aparecia nas ima¬gens. No lugar do centroavante, era o presidente do país que atraía a atenção dos repórteres. Não foi a primeira nem será a última vez em que futebol e política se misturaram. É por causa dessa proximidade que alguns estudiosos olham para o gramado e enxergam um retrato perfeito da sociedade. A bola está na moda entre os analistas políticos.
Se 22 jogadores em campo podem resumir o mundo, surge então a dúvida: por que justamente o futebol, e não o cinema ou a literatura? "A arte sempre será produto da imagi¬nação de uma pessoa. O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política. É um microcosmo singular", diz um jornalista americano. Não apenas singular, mas global. É o esporte mais popular do planeta. Uma fama, aliás, que tem razões pouco esportivas. "O futebol nasceu na Inglaterra numa época em que os ingleses tinham um império e viajavam por muitos países. Ferroviários levaram a bola para a América do Sul, petroleiros para o Oriente Médio", acrescenta ele.
Mas é preciso não confundir o papel do esporte. Ele faz entender, mas não muda o mundo. "Não se trata de uma força revolucionária capaz de transformar uma nação. É apenas um enorme espelho que reflete a sociedade em que vivemos", diz outro especialista.
Em 1990, quando o Brasil, sob a tutela de Sebastião Lazzaroni, foi eliminado da Copa, o presidente era Fernando Collor. Além de contemporâneos, eles foram ícones de uma onda que varreu o país na virada da década. a febre dos importados. Era uma fase em que se idolatrava o que vinha de fora - a solução dos problemas estava no exterior. Motivos existiam: com o mercado fechado aos importados, a indústria estava obsoleta e pouco competitiva. O estilo futebol-arte da seleção, por sua vez, completava 20 anos de frustrações em Copas. Collor e Lazzaroni bancaram o risco. Enquanto o presidente prometia revolucionar a economia com tecnologia estrangeira, o treinador se inspirou numa tática européia, colocou um libero em campo e a seleção jogou na retranca. O resultado todos conhecem.
(Gwercman, Sérgio. Como o futebol explica o mundo. Superinteressante, São Paulo, num.205, p. 88 e 90, out. 2004. Com adaptações)
11. (TRE/RN-2004)Considerando-se o emprego de pronomes no texto, grifados nos segmentos abaixo, a ÚNICA afirmativa INCORRETA é:
(A) e isso não teve nada a ver - o pronome demonstrativo vale pela frase O Brasil foi jogar bola no Haiti.
(B) dessa proximidade - o pronome retoma a idéia da mistura entre futebol e política.
(C) alguns estudiosos - o pronome indefinido limita o número dos que compartilham a mesma opinião.
(D) Ele faz entender - o pronome substitui o termo o esporte, para evitar repeti-lo.
(E) de uma onda que varreu o país - o pronome refere¬-se a país.
12. (TRT/PB-2005)O segmento grifado está substituído pelo pronome cor¬respondente, de modo INCORRETO, somente na expres¬são:
(A) ... iria provocar efeitos devastadores = provocá-los (B) ... pessoas perderiam seu ganha-pão = perdê-lo-iam
(C) ... que discute as grandes tendências = que as dis¬cute
(D) ... representar um aumento do trabalho = represen¬tar-lhe
(E) ... ampliando seu ambiente virtual de trabalho = am¬pliando-o

13. (TRT/PR-2004) Mas o texto constitucional foi redigido de forma tal que permite interpretações divergentes, no que diz respeito à segurança pública. Há quem sustente que as Forças Armadas podem em tudo e por tudo substituir a polícia, quando esta se revela incapaz de controlar uma situação crítica. Mas há ponderáveis correntes que afirmam que as Forças Armadas não podem fazê-lo, admitindo apenas que, em circunstâncias excep¬cionais, os militares façam policiamento ostensivo e preventivo.
A forma pronominal grifada acima está empregada, con¬siderando-se o contexto, no lugar de
(A) defender a Pátria e os poderes constitucionais.
(B) controlar uma situação crítica.
(C) fazer policiamento ostensivo e preventivo.
(D) garantir a lei e a ordem das eleições.
(E) em tudo e por tudo substituir a polícia.

14. (TRT/AM-2005) A substituição dos segmentos grifados nas frases que seguem está feita de maneira INCORRETA em:
(A) aproveitar recursos da floresta = aproveitá-los.
(B) os índios iauanauás vendem urucum = vendem-no.
C) o que derrubaria os preços = o que os derrubaria.
(D) usa investimentos em tecnologia = usa-os.
(E) ao atrair mão-de-obra = ao atrair-lhe.

15. (TRT/SP-2004) Os menores infratores constituem, de fato, um problema, mas não nos cabe apenas punir os menores infratores, e sim permitir aos menores infratores que tenham acesso à educação, para que se livrem da condição de menores infratores.
Evitam-se as repetições do período acima substituindo-se, de modo correto, os elementos sublinhados por, respectivamente:
(A) puni-los; permiti-los o acesso; da condição deles (B) puni-los; permitir seu acesso; dessa sua condição (C) punir a eles; permitir-lhes o acesso; dela (D) punir-lhes; permitir-lhes seu acesso; dessa sua condição (E) os punir; permiti-los ao acesso; desta condição

EMPREGO DAS FORMAS VERBAIS

Exercícios

08. Assinale a alternativa em que os verbos estão correta e adequadamente empregados:
A) Quero que vocês tentam novamente e progridam nesses estudos, para que comprovamos a validade dessa nova teoria.

B) Se supormos que eles desistem do projeto na hora da decisão final, talvez devemos providenciar outros profissional que estejam realmente interessados.
C) Será que existem cientistas que retêm o segredo que fará com que, numa bela manhã, acordamos sem a ameaça de guerra atômica?

D) Quando eles proporem o acordo que tanto aguardamos, é necessário que nos comprometemos a cumprir nossa parte.

E) Para que possamos discutir tudo com calma, pretendo vir às cinco horas, a não ser que não dê para sair em tempo e tenha de deixar nosso encontro para mais tarde.
Exercícios
11. (TRE/MG-2005) Transpondo-se para a voz passiva a frase O jornal e os jornalistas devem sempre preservar sua independência, o segmento sublinhado ficará
(A) sempre deverá ser preservada. (B) devem sempre ser preservados. (C) deve sempre ser preservada. (D) sempre se deverá preservar. (E) sempre se devem preservar.
12. (TRE/PE-2004) Destas raízes espremidas e raladas se faz farinha que se come ... As formas verbais do segmento grifado acima estão corretamente transpostas para formas equivalentes na frase:
(A) fazem farinha para ser comida. (B) tinham feito farinha e comido. (C) é feita farinha que é comida.
(D) foi feita farinha que eles comeram. (E) fizeram farinha que foi comida.
13. (TRT/AL-2003) Transpondo-se para a voz ativa a frase “A passeata foi dissolvida à bala pela polícia”, a forma verbal resultante será
(A) tinha dissolvido.
(B)) dissolveu.
(C) tinha sido dissolvida.
(D) dissolveu-se.
(E) dissolveram.
14. (TRT/SP-2004) Transpondo-se para a voz passiva a frase A força da mídia e a violência dos crimes recentes podem influenciar as pessoas, a forma verbal resultante será (A) podem ser influenciadas. (B) poderiam ser influenciadas. (C) pode ser influenciado. (D) podem ter influência. (E) podem ter sido influenciadas.
15. (TRT/PR-2004)... levaria por si só a que, num futuro próximo, sua eco¬nomia se tornasse tão reluzente... (final do 10 parágrafo) Considere o emprego das formas verbais grifadas na frase acima. A mesma relação entre elas está também correta em (A) levava - se torna (B) leva - se torne (C) levou - se tornou (D) levará - se tornava (
Exercícios
03. Complete as frases seguintes com a forma apropriada do termo entre parênteses.
A) Eles.....................comunicaram à atriz que ela ..................... teria de tomar as providências necessárias. (mesmo, mesmo)
B) As funcionárias garantiram que elas ..................... iriam fiscalizar para que seus documentos seguissem..................... (mesmo, anexo)
C) A foto pedida segue ..................... à ficha de cadastro.(incluso)
D) Favor enviar ..................... os documentos solicitados. (anexo)
E) Muito ....................., disseram os rapazes. Estamos ..................... agora. (obrigado, quite)
F) Eu ..................... farei isso – disse o rapaz. (próprio)
G) Muitas mães de família andam ..................... desgastadas com a dupla jornada de trabalho que têm que cumprir. (meio)
H) ....................pessoas acham estranho este plural. É que estavam .................. desinformadas sobre as coisas da língua portuguesa. ( bastante, meio)
I) A situação do país é..................... preocupante. .....................famílias tiveram de vender suas terras e migrar para os centros urbanos. (bastante, bastante)
J) Chegamos ao Rio ao meio-dia e _________. (meio)
L) Segue ____________ uma procuração. (anexo)
M) Não havia _____________ entusiasmo e alegria na torcida. (verdadeiro)
N) Eles estavam ___________ na praia. (junto)
O) Joana cresce a olhos __________. (visto)
P) Os moradores estão __________ com os aluguéis. (quite)

04. As pessoas de ..................... vaidade e orgulho são
levadas, muitas vezes, a pensamentos e ação
......................
A) excessiva – inadequados
B) excessivo – inadequados
C) excessivas – inadequados
D) excessiva – inadequado
E) excessivos – inadequadas

05. .................... a difícil fase inicial e o período da
experimentação, ..................... algumas semanas antes
que se ..................... os objetivos estipulados.
A) Vencidos – decorreu – alcançassem
B) Vencida – decorreram – alcançassem
C) Vencido – decorreram – alcançasse
D) Vencidos – decorreram – alcançasse
E) Vencida – decorreu – alcançasse

06. Vai ..................... à carta minha fotografia. Essas
pessoas cometeram crime de ..................... -patriotismo. Elas ..............não quiseram colaborar.
A) incluso – leso – mesmo D) inclusa – lesa – mesma
B) inclusa – lesa - mesmas E) incluso – leso – mesmas
C) inclusa – leso – mesmas

07. ....... furiosa, mas com ........... violência, proferia
injúrias ......... para escandalizar os mais arrojados.
A) meia – menas – bastantes
B) meia – menos – bastante
C) meio – menos – bastante
D) meio – menos – bastantes
E) meio – menas – bastantes

08. Deixou ..................... desde logo, os prêmios a que
faria jus o vencedor: dois .....................
A) estabelecidos – corcel azuis-claros
B) estabelecido – corcéis azul-claro
C) estabelecido – corcéis azul-claros
D) estabelecidos – corcéis azul-claros
E) estabelecido – corcel azuis-claros

09. Assinale a alternativa que preenche corretamente
as lacunas das frases abaixo:
Vão .................. aos processos várias fotografias.
Paisagens as mais belas .....................
Ela estava ..................... narcotizada
A) anexas, possíveis, meio
B) anexas, possível, meio
C) anexo, possíveis, meia
D) anexo, possível, meio
E) anexo, possível, meia


12. (TRT/AL-2003) É preciso corrigir a forma sublinhada na frase:
(A) Tanto os bons quanto os maus jornalistas ganharão
se forem ao Seminário.
(B)) As pessoas ficam meia confusas diante dos excessos da imprensa.
(C) As meias verdades são às vezes mais perigosas que as mentiras completas.
(D) As autoridades ficam meio atrapalhadas quando expostas à opinião pública.
(E) Por muito menos razões, as pessoas pobres sofrem severas punições.
CONCORDÂNCIA VERBAL

Exercícios



03. Assinale a alternativa que NÃO apresenta erro algum de concordância.
A) Já há muito tempo tinha sido feito por importante estudioso previsões pessimistas quanto ao destino das áreas rurais na Inglaterra, mas muitos não as consideraram.
B) Às vezes não basta alguns comentários sobre a importância do cenário da natureza para a vida espiritual do homem no sentido de que se tentem evitar mais prejuízos ao meio ambiente.
C) Certos argumentos de G.M. Trevelyan tornaram vulnerável certas visões acerca do modo como deveriam ser tratadas terras incultas.
D) Segundo o que se diz no texto, os ingleses havia de terem se preocupado com a legitimação de sua tarefa de ocupação dos territórios indígenas.
E) Quaisquer que sejam os rumos das cidades contemporâneas, sempre haverá os que lamentarão a perda da vida em contato direto com a natureza.


04. (TRT/SP-2004) As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase: (A) Couberam aos bispos manifestar-se sobre a redução da maioridade penal. (B) O que vêm influenciando as pessoas são a força da mídia e a violência dos crimes. (C) Houve muitos projetos apresentados, um dos quais prima pela absoluta radicalidade. (D) Caso se submeta meninos de treze anos ao código penal, condenar-se-á crianças. (E) Num plebiscito, a maioria haverão de se manifestar a favor da redução.
05. Quanto à concordância entre o verbo e o sujeito, analise as proposições que seguem.
1) A análise dos livros didáticos de Ciências excluiu do catálogo da FAE as obras que continham erros conceituais.

2) São freqüentes as acusações de plágio que se fazem entre si editoras e autores.

3) Os Estados Unidos reúne sua maior força de ataque para punir Saddan Hussein.

4) Esquadrilha internacional de sondas espaciais vão pousar em asteróides e no núcleo de cometas.

5) A maioria dos brinquedos sonoros pode prejudicar a audição das crianças e torná-las agitadas e agressivas.

Estão incorretas:
A) 1, 2, 3 e 4 apenas D) 3 e 4 apenas
B) 1, 2 e 5 apenas E) 1, 2, 3, 4 e 5
C) 1 e 2 apenas

06. (TRT/AM-2005) A concordância, verbal ou nominal, está correta na frase:
(A) Algumas comunidades indígenas, orientadas por ambientalistas, sobrevivem com a exploração de recursos que a floresta lhe oferecem.
(B) A geração de impostos podem contribuir para melho¬rar as condições de vida em locais mais afastados, onde vivem população carente.
(C) As condições do frágil equilíbrio ecológico amazô¬nico exige uma atividade econômica que aumentem os rendimentos das famílias, sem destruição da natureza.
(D) Os inúmeros conflitos de interesses na Amazônia torna muito difícil as tentativas de organização socioeconômica da região.
(E) Existem muitos casos de exploração, em toda a região amazônica, em que se desrespeitam os limites do que a natureza é capaz de repor.
07. Assinale a alternativa em que a norma de concordância, verbal e nominal, foi inteiramente respeitada.
A) A rejeição à idéia de inferioridade ou de submissão leva boa parte das pessoas que se preocupam com a questão dos empréstimos lingüísticos a exigirem um posicionamento das autoridades.
B) Se, em um país, existe, realmente, fatores de diferenciação que interfere na língua, existe também elementos de unificação com o objetivo de preservá-la.
C) O interesse do Brasil, como o de Portugal, é de que hajam resistências naturais aos modismos e aos empréstimos lingüísticos.
D) Aos termos regionais faltam força para atravessarem as fronteiras dos locais em que são empregados.
E) O número de termos regionais cresceram bastantes, mas, por não haverem sido bem aceitos, não se incorporaram à língua nacional.

¬08. (TRT/PB-2005) A concordância está correta na frase: (A) A redução dos elevados índices de mortalidade in¬fantil e de analfabetismo colocam a região Nordeste em um acelerado ritmo de desenvolvimento.
(B) Há opiniões de que é pouco explorado, ainda, as terras produtivas existentes na região Nordeste, em que poderiam, por exemplo, ser plantada soja.
(C) O turismo é uma das vocações da região nordestina brasileira que atraem turistas europeus, encantados com a beleza natural das inúmeras praias.
(D) O turismo de massa, ampliado pelos pacotes de viagem, se tornaram fonte de divisas para o país, mas resultam, muitas vezes, em desrespeito ao meio ambiente.
(E) Investimentos nas áreas turística, agrícola e fabril representam oportunidades diferenciadas de gera¬ção de empregos e de renda para a população.

09. (TRT/AL-2003) O verbo indicado entre parênteses adotará, obrigatoriamente, uma forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase:
(A) A punição dos abusos ....... (CORRIGIR) essa onda
de exageros da imprensa.
(B)) É degradante a situação a que se .... (EXPOR)
alguns suspeitos.
(C) É difícil saber qual dos dois "ismos" a que se refere
Ceneviva .... (TRAZER) piores conseqüências.
(D) Entre os excessos a serem eliminados ..... (ESTAR)
o sensacionalismo da imprensa.
(E) Em busca de notoriedade, há sempre gente que.....
(FAZER) o jogo da má imprensa.

10. Assinale a alternativa em que a concordância está inteiramente de acordo com a norma padrão.
A) Foi proposto, graças à atuação de ativistas, novos estudos acerca da legitimidade de certas medidas.
B) A divulgação de muitas pesquisas revelou que dois terços da população acreditam na melhoria da situação do país.
C) Deveriam haver condições adequadas de saneamento básico para todas as camadas da população urbana e rural.
D) O número de incidentes que comprometem o exercício dos direitos humanos fizeram com que novas medidas fossem propostas.
E) Quem de vocês defendem que os direitos conseguidos pelas minorias, muitas vezes, custam-lhes caro?

11. A concordância verbal e a nominal estão de acordo com a norma padrão em:
A) Houveram implicações boas e más naquelas atitudes dos empresários de Pernambuco.
B) Propostas, o mais adequadas possíveis, em termos de qualidade, foi apresentada aos trabalhadores.
C) Quaisquer deslizes perante o consumidor, nessa área, provoca problemas para a empresa.
D) É necessário paciência para poderem os trabalhadores conseguirem seus plenos direitos.
E) A ação social, um dos temas mais discutidos atualmente, faz os interessados repensarem a política fiscal.


REGÊNCIA VERBAL
Exercícios
01. O funcionário ................. ele se referiu é pessoa ................. se pode confiar.
A) que - da qual
B) a quem - em que
C) o qual - em quem
D) a que - quem
E) do qual - que

02. Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase:
(A) Para os padrões ocidentais, de cujos valores são diferentes dos orientais, o caso de Amina surge como um escândalo ao qual ninguém se conforma.
(B) A negativa à qual se safou o homem identificado por Amina foi suficiente para que ele sequer fosse indiciado no caso em que estava sendo envolvido.
(C) A guerra civil, à que o texto faz referência, poderia ser iniciada caso tomasse outro rumo o julgamento no qual todas as atenções estavam voltadas.
(D) A corte islâmica, em cujos critérios de julgamento há forte influência religiosa, deu ao caso uma solução na qual muitos não acreditavam.
(E) A absolvição de Amina, por cuja se fizeram muitos abaixo-assinados, é um desfecho por conta da qual não devemos ficar excessivamente otimistas.

03. Preveniu- ...... logo .... perigos que ......... ameaçavam.
A) lhe - dos – o
B) lhe - face os – o
C) lhe - dos - lhe
D) o - face os - lhe
E) o - dos - o

04. A difícil situação ................. naquele momento se encontravam era análoga ................. crise de anos atrás.
A) que – da D) onde – na
B) em que – à E) sob que - co m
C) a que – a

05. Assinale a opção cuja lacuna não pode ser preenchi¬da pela preposição entre parênteses:
A) uma companheira desta, _____ cuja figura os
mais velhos se comoviam. (com)
B) uma companheira desta, _____ cuja figura já nos referimos anterior¬mente. (a)
C) uma companheira desta, _____ cuja figura havia um ar de grande dama decadente. (em)
D) uma companheira desta, _____cuja figura andara todo o regimento apai¬xonado. (por)
E) uma companheira desta, _____ cuja figura as crianças se assustavam. (de)

06. Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase:
(A) A popularidade de que goza a astronomia é muito maior do que aquela em que desfruta a astronomia.
(B) O charlatanismo esotérico – uma prática à qual se deve dar incessante combate – arregimenta os indivíduos em cuja consciência há espaço para a credulidade.
(C) Muitos crêem que há um arranjo cósmico de cujo cada um participa individualmente, mantendo com os astros uma relação na qual atribui sua própria personalidade.
(D) A experimentação científica – para o qual controle existem rígidos paradigmas – não está sujeita à irracionalidade com a qual se submetem as "teorias" esotéricas.

07. Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase:
(A) Seus seguidores não supõem de que o pensamento dele seja tão complexo.
(B) Não pode ser absoluta a soberania política de cuja o povo deve ser o titular.
(C) Era grande a preocupação em cuja Rousseau manifestava em relação à reforma dos costumes.
(D) Rousseau não achava de que os males da humanidade poderiam ser sanados por medidas jurídicas.
(E)) Está na admissão de que o povo pode ser enganado, mas não corrompido, uma das contribuições do pensamento de Rousseau.


12. As leis muçulmanas são rigorosas, mas muitos julgam as leis muçulmanas especialmente draconianas com as mulheres, já que se reflete nas leis muçulmanas a hierarquia entre os sexos, hierarquia que deriva de fundamentos religiosos.
Evitam-se as repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente:
A) julgam-as - se lhes reflete - a qual
B) julgam-nas - se reflete nesta - o que
C)) julgam-nas - naquelas se reflete - a qual
D) julgam-lhes - nas quais se reflete - a qual
E) julgam-lhes - naquelas se reflete - à qual

17.(TRE/MG-2005) Foi para defender essas propostas e para informar a sociedade brasileira sobre seu direito inalienável de rece¬ber informação livre que criamos a RDLI.

As expressões sublinhadas poderiam ser correta e respectivamente substituídas, no caso da utilização de pronomes, por:
(A) as defender - informar-lhe - lhe criamos (B) defendê-las - informá-la - a criamos (C) lhes defender - informar-lhe - criamo-la (D) defendê-las - lhe informar - criamo-lhe (E) defender-lhes - informá-la- lhe criamos
OCORRÊNCIA DE CRASE
- Deve

Exercícios

01. Coloque o acento grave, caso seja necessário:
A) Irei a Europa no próximo mês.
B) Penetrou no recinto as pressas.
C) Tomou o remédio gota a gota.
D) Refiro-me a José.
E) O trem chegou as 18 horas.
F) Ela se manteve alheia aquela fofoca.
G) Ele é sério concorrente a vitória.
H) Faz humorismo a Millôr.

02. Resolva este exercício, colocando V ou F entre parênteses:
A. ( ) Refiro-me a pessoas sensatas, não a você.
B. ( ) Refiro-me às pessoas sensatas, não a você.
C. ( ) Cheguei a tempo de assistir a conferência.
D. ( ) Diga à diretoria que chegarei atrasada.
E. ( ) Devemos obedecer a voz da consciência.
F. ( ) Ele se candidatou a Deputado Federal.
G. ( ) Não pude assistir a tuas aulas.
H. ( ) Ainda não fui à Roma dos Césares.
I. ( ) Prefiro ler a ver televisão.
J. ( ) Dirijo-me as alunas presentes.

03. Preencha os vazios com há, a., as, à, às, convenientemente:
I. Irei ...... Belo Horizonte daqui .... três semanas.
II. Esta roupa é semelhante .... que comprei.
III. Aprecio muito andar .....pé.
IV. Ele chegou ...... dias.
A) a – a – a – a – a D) a – a – à – a – há
B) a – há – a – à – há E) à – à – à – à – há
C) a – a – à – à – há

04. (TRT/AM-2005) Ambientalistas que passaram ..... lutar pelo controle do desmatamento na Amazônia são vistos como inimi¬gos ....... serem neutralizados, originando-se daí os as¬ asassinatos relacionados ....... luta pela posse da terra.
As lacunas da frase acima serão corretamente preenchi¬das por
(A) à - à - a (D) a - a - à
(B) à - a - a (E) a – à - a
(C) a - à - à


PONTUAÇÃO
.

Exercícios

01. Assinale a alternativa corretamente pontuada:
A) Hoje, em dia, através do avanço da medicina, muitas doenças têm cura.
B) Hoje em dia através do avanço da medicina, muitas doenças, têm cura.
C) Hoje em dia, através do avanço da medicina, muitas doenças têm cura.
D) Hoje em dia, através do avanço da medicina muitas doenças têm cura.
E) Hoje em dia através do avanço, da medicina, muitas doenças têm cura.

06. Analise os pares de enunciados abaixo. Assinale a alternativa em que, apesar da alteração no uso da pontuação e de outros sinais, o sentido se mantém.
A) Embora a violência ainda impere, as comunidades, que são desassistidas pelo poder público, continuam buscando a paz.
Embora a violência ainda impere, as comunidades que são desassistidas pelo poder público continuam buscando a paz.
B) O Diretor informou que, com o resultado do último concurso, a contratação de novos funcionários definirá a realização de um outro programa.
O Diretor informou que - com o resultado do último concurso - a contratação de novos funcionários definirá a realização de um outro programa.
C) Crianças da periferia, em Recife, podem já buscar a garantia de atendimento aos direitos, que lhes são básicos.
Crianças da periferia - em Recife - podem já buscar a garantia de atendimento aos direitos que lhes são básicos.
D)Para assegurar o desenvolvimento, das comunidades menos assistidas espera-se a máxima participação.
Para assegurar o desenvolvimento das comunidades menos assistidas, espera-se a máxima participação.
E) Não teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de atendimento aos direitos básicos é prioritária.
Não; teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de atendimento aos direitos básicos é prioritária.

Leia o fragmento abaixo
Finalmente, quando alguém lembrou que os militares - por falta de outra força organizada nacionalmente - teriam de ser convocados pelo Superior Tribunal Eleitoral para garantir eleições em municípios onde fosse iminente ou declarada a perturbação da ordem, causada pelo pleito, a maioria concordou em explicitar na Constituição que "a garantia da lei e da ordem", a pedido de um dos poderes constitucionais é, também, missão das Forças Armadas.
13.(TRT/PR-2004) - por falta de outra força organizada nacionalmente -
O segmento isolado pelos travessões denota, consideran¬do-se o contexto,
(A) comparação.
(B) condição.
(C) causa
(D) finalidade.
(E) proporcionalidade.
14. (TRT/PR-2004) ...a maioria concordou em explicitar na Constituição que "a garantia da lei e da ordem" a pedido de um dos poderes constitucionais é... O emprego das aspas na expressão transcrita acima indica
(A) intenção irônica embutida no comentário do autor do texto.
(B) reprodução exata dos termos constantes da Cons¬tituição brasileira.
(C) uso de expressão fora de contexto, num mesmo parágrafo.
(D) pausa maior, necessária dentro de um período bastante longo.
(E) conclusão coerente das idéias apresentadas ante¬riormente.


INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

PROCESSOS COESIVOS DE REFERÊNCIA

EXERCÍCIOS

1. Observe o texto abaixo para responder as questões abaixo:
(...) a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua... E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão.(...) O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
Com relação ao texto acima, procure responder os tópicos seguintes:
A) De quem era a casa? Que palavra no texto assegura essa certeza?
____________________________________________

B) Qual a referência da palavra “ninguém”? Essa referência é feita de modo vago, impreciso ou de modo preciso, determinado?
___________________________________________

C) De quem era o olhar submisso?
___________________________________________

D) Quem era interrompido pelo soluço? Qual a palavra que indica essa referência?
___________________________________________

E) Que referência as palavras “que” e “se” retomam?
___________________________________________

F) quanto aos pronomes em negrito “a salvava”, “segurava-a”, apertando-a” , a que eles se referem no texto?
___________________________________________

2. Observe agora o texto abaixo:
Ed Mota lembra um político em campanha. Em todos os lugares, todo mundo olha para ele e se sente à vontade para chegar e conversar. E ele corresponde com um tremendo bom humor. Em poucas horas, conversou com estudiosos e com pessoas simples sem distinção.
Existem dois Ed Motas. E eu não me refiro ao tamanho do rapaz. Nem ao Ed Mota cantor ou ao Ed Mota gourmet. Há um lado juvenil, daquele garotão que se sente bem informado entre discos e livros na sua casa, o cara que é uma verdadeira enciclopédia de Jazz e Soul, mas ainda vibra com Led Zeppelin. E existe o lado dedicado do artista que controla totalmente sua carreira.
Entre o Ed eterno adolescente e o Ed virtuoso, o melhor é ficar com os dois. O cara é tão na dele, tão boa-praça que sua arrogância soa simpatia. Não dá para não gostar de um ser que vive como quer 24 horas por dia. Sem dúvida, uma história de sucesso.
(O Dia/Caderno C 06/10/01, Rio de Janeiro)
Julgue os itens abaixo:
1. O pronome pessoal do caso reto de 3ª pessoa, presente no 2º e 3º períodos, refere-se a Ed Mota.
2. O primeiro período do texto detém a idéia principal de todo o primeiro parágrafo.
3. “E ele corresponde com um tremendo bom humor.” - Há uma associação de idéias entre a atitude de um político em campanha e a de Ed Mota.
4. “E eu não me refiro ao tamanho do rapaz’ - o termo “rapaz” retoma Ed Mota para informar que ele é jovem.
5. No segundo parágrafo, o sujeito dos verbos referir, vibrar e controlar é o mesmo, ou seja, Ed Mota.
6. “daquele garotão que se sente bem informado entre discos e livros na sua casa” - a expressão “daquele garotão” denota uma certa proximidade entre o autor do texto e o cantor.
7. “O cara é tão na dele, tão boa-praça que sua arrogância soa simpatia.” - nesta passagem, o pronome possessivo “sua” refere-se a “boa-praça”.
8. “ Sem dúvida, uma história de sucesso.” - a expressão em negrito resume todas as informações
apresentadas no corpo do texto.

----------------------------- TEXTO 1 ------------------------------
Um levantamento do Serviço à Mulher Marginalizada aponta que existem 7 milhões de mulheres se prostituindo no país. Elas têm de 9 a 65 anos. Estimativas indicam que uma parte significativa (500mil) é composta por meninas com menos de 18 anos de idade. O Brasil detém um recorde lamentável: é o país da América Latina com maior número de prostitutas infantis.
O racismo, que muitas vezes barra o acesso ao mercado de trabalho, é também responsável por conduzir as mulheres à prostituição. Cerca de 70% das prostitutas são negras ou mulatas.
A violência doméstica contra mulheres e crianças é outro fator determinante para o aumento da prostituição. “A maioria entra nessa vida porque sofreu violência em casa”, afirma Monique Laroche, coordenadora do serviço e responsável pela Casa de Convivência da Luz.


QUESTÃO 1:
O texto aponta as seguintes causas para o aumento da prostituição feminina no Brasil:
A) a violência enfrentada nas ruas e o preconceito racial.
B) O preconceito racial existente no país e a violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas.
C) A falta de emprego para as mulheres com menos de 18 anos e o racismo.
D) A violência dos pais, o racismo e a injustiça social do Brasil.
E) A falta de acesso ao mercado de trabalho e a violência dos pais e irmãos.
QUESTÃO 2:
Podemos afirmar que o texto tem, como função primordial:
A) sensibilizar o leitor, despertando-lhe a emoção.
B) narrar, pormenorizadamente, casos verídicos do cotidiano das grandes cidades.
C) informar os leitores sobre dados da realidade vivenciada por algumas mulheres.
D) descrever, claramente, o universo feminino.
E) argumentar contra a injustiça social cometida contra as mulheres negras e mulatas.

----------------------------- TEXTO 4 ------------------------------
Elas podem ser maioria, mas enfrentam preconceito
Existem vários mitos a respeito da diferença de tratamento que homens e mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem que mulheres custam mais caro à empresa.; outros, que não existe discriminação salarial entre sexos. A revista Veja, por exemplo, está entre estes últimos. Acredita que o discurso sobre rendimentos femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e de discursos simplistas de grupos feministas. Com o título de “Elas já são maioria na firma”, a publicação traz uma reportagem bastante positiva sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho, na qual garante: “Quando ocupam a mesma função e têm o mesmo currículo e experiência, as mulheres recebem o mesmo que os homens”. Ou seja, com oportunidades iguais, não há diferença.(...)
A tese da Veja contraria a posição não só de feministas, mas de diversos pesquisadores que estudam o problema a fundo, sem pressa, tanto brasileiros como internacionais. A própria matéria apresenta dados de uma recente pesquisa da organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporção salarial entre sexos. Sem dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de 32% para 22%. No entanto, a pesquisa não deixa de mencionar o que a entidade intitulou como “teto de vidro” - uma faixa invisível que impede mulheres de ascender profissionalmente dentro de uma empresa.(...) ZAVALA, R. Texto da Internet.Adaptado


QUESTÃO 1: Das alternativas abaixo, a única que corresponde a uma idéia presente no texto é:
A) É um equívoco afirmar que as mulheres sofrem discriminação salarial.
B) A revista Veja defende que as mulheres são discriminadas no ambiente de trabalho.
C) Feministas e pesquisadores defendem que a discriminação feminina é um dado real.
D) A desproporção salarial entre os sexos é um mito.
E) Pesquisas da OIT apontam para a intensificação das diferenças salariais entre os sexos.

QUESTÃO 2: No texto, observe que alguns substantivos aparecem uma primeira vez e, depois, ao longo do texto, são substituídos por palavras equivalentes ou são simplesmente inferidos pelo contexto. Sobre esses mecanismos textuais, analise as seguintes afirmativas:

I. Há elipse do substantivo “mitos” em: “Existem vários mitos a respeito da diferença de tratamento que homens e mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem que mulheres custam mais caro à empresa; outros, que não existe discriminação salarial entre sexos”.

II. Em “A revista Veja, por exemplo, está entre estes últimos. Acredita que o discurso sobre rendimentos femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e de discursos simplistas de grupos feministas. Com o título de “Elas já são maioria na firma”, a publicação traz uma reportagem bastante positiva sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho, o termo destacado corresponde a uma retomada de “A revista Veja”.
III. No segmento “A própria matéria apresenta dados de uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporção salarial entre sexos. Sem dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de 32% para22%. No entanto, a pesquisa não deixa de mencionar o que a entidade intitulou como “teto de vidro...”, o termo sublinhado retoma a “Organização Internacional do Trabalho”.
Está (ão) correta (s):
A) 1, apenas. D) 2, apenas.
B) 3, apenas. E) 2 e 3.
C) 1, 2 e 3.

----------------------------- TEXTO 5 ------------------------------

- Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, é como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras mais energéticas, não há espetáculo sem espectador. (...) (Machado de Assis, O segredo do bonzo.)

QUESTÃO :
Nos segmentos do texto “o ouvem ou contemplam”, “se eles não existissem” e “se ninguém os vir”, os pronomes o, eles e os referem-se, respectivamente, a:
A) espírito, outros homens, frutos de uma laranjeira.
B) sujeito, profundos conhecimentos, outros homens.
C) saber, frutos de uma laranjeira, virtudes e conhecimentos.
D) sujeito, virtudes e conhecimentos, frutos de uma laranjeiras.
E) espírito, virtudes e conhecimentos, outros homens.


----------------------------- TEXTO 6 ------------------------------
O que incomoda a população (...) é o piolho da cabeça, que se hospeda geralmente em crianças em idade pré-escolar. Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência em crianças, mas se acredita que seja provavelmente pelo contato mais íntimo entre elas. Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em contato com outra, desmitificando assim que o piolho voa ou que o uso em comum de pentes e escovas pode ser tranqüilo.
Outro mito (...) é a transmissão do piolho animal para o ser humano. “Isto não existe porque cada espécie tem seu piolho e se o parasita picar outra espécie que não seja a sua, morre.”

QUESTÃO :
Diante da interpretação do texto acima, julgue as alternativas abaixo:
1. O texto aborda um dos problemas que atinge a população brasileira, principalmente quando na idade pré-escolar.
2. “Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em contato com outra” - há a elipse do substantivo criança logo após a palavra outra.
3. A expressão “outro mito” (2º parágrafo) retoma coesivamente a expressão anterior “ (...) piolho voa”.
4. No período “cada espécie tem seu piolho e se o parasita picar outra espécie que não seja a sua, morre”, o pronome “sua” se refere claramente ao piolho animal.
5. “...Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência em crianças, mas se acredita...” - a conjunção insere uma idéia de explicação.
EXERCÍCIOS Texto A
O preconceito nosso de cada dia
Preconceito, nunca. Temos apenas opiniões bem definidas sobre as coisas. Preconceito é o outro que tem...Mas, por falar nisso, já observou o leitor como temos o fácil hábito de generalizar sobre tudo e todos? Falamos sobre “mulheres”, a partir de experiências pessoais; conhecemos “os políticos”, após acompanhar a carreira de dois ou três; sabemos tudo sobre os “militares” porque o síndico de nosso prédio é um sargento aposentado; discorremos sobre sogras, advogados, professores, motorista de caminhão, peões de obras, dançarinos, enfim, sobre tudo. Mas discorremos de maneira especial sobre raças e nacionalidades e, por extensão, sobre atributos inerentes a pessoas nascidas em determinados Estados.
Afinal, todos sabemos (sabemos?) que os franceses não tomam banho; os mexicanos são preguiçosos; os suíços, pontuais; os italianos, ruidosos; os japoneses, trabalhadores; e por aí afora. Sabemos também que cariocas são folgados; baianos, festeiros; nordestinos, pobres; mineiros, diplomatas etc. Sabemos ainda que o negro não tem o mesmo potencial que o branco, a não ser em algumas atividades bem-definidas como o esporte, a música, a dança e algumas outras que exigem mais do corpo e menos da inteligência.
O mecanismo funciona mais ou menos assim: estabelecemos uma expectativa de comportamento coletivo (nacional, regional, racial), mesmo sem conhecermos, pessoalmente, muitos ou mesmo nenhum membro do grupo sobre o qual pontificamos. Não nos detemos em analisar a questão um pouco mais a fundo. Não nos interessa estudar o papel que a escravidão teve na formação histórica de nossos negros. Nada disso. O importante é reproduzir, de forma acrítica e boçal, os preconceitos que nos são passados por piadinhas, por tradição familiar, pela religião, pela necessidade de compensar nossa real Inferioridade individual por uma pretensa superioridade coletiva que assumimos ao carimbar o “outro” com a marca de qualquer inferioridade.
Temos pesos, medidas e até um vocabulário diferente para nos referirmos ao “nosso” e ao do “outro”, numa atitude que, mais do que autocondescendência, não passa de preconceito puro. Por exemplo, a nossa, é religião, a do outro é seita; nós temos fervor religioso, eles são fanáticos; nós temos hábitos, eles, vícios; nós cometemos excessos compreensíveis, eles são um caso perdido; e, finalmente, não temos preconceito, apenas opinião formada sobre as coisas.
Ou deveríamos ser como esses intelectuais que para afirmar qualquer coisa acham necessário estudar e
observar atentamente? Observar, estudar e agir respeitando as diferenças é o que se espera de cidadãos que acreditam na democracia e, de fato, lutam por um mundo mais justo. De nada adianta protestar contra limpezas raciais e discriminação pelo mundo afora, se não ficamos atentos ao preconceito nosso de cada dia. Jaime Pinsky. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 20/5/93. Adaptado.

01. Leia o texto A e procure apreender aspectos gerais de sua composição e construção textual.
I. A idéia central do texto em análise gira em torno do papel que a escravidão teve na formação histórica de nossas diferenças nacionais.
II. A finalidade do texto A é ressaltar a precariedade de fundamentação com que certos tipos e comportamentos sociais são rotulados.
III. A forma de composição do texto nos leva a admitir que se trata de um texto narrativo, cuja continuidade é dependente da seqüência dos eventos relatados.
IV. O canal de produção do texto respeitou as normas gerais da escrita formal, embora certos fragmentos (o início do texto, por exemplo) se aproximem de usos do oral informal.
V. A forma como o texto foi produzido mostra que o autor pretendeu sentir-se alheio ao grupo a quem se dirige. O uso do verbo na primeira pessoa do plural evidencia esse aspecto.
A afirmativa é verdadeira nos itens
A) II, III e IV apenas.
B) II e IV apenas. D) I, II, IV e V apenas.
C) I, II e III apenas. E) IV e V apenas.

02. Interpretando os efeitos de sentido de alguns fragmentos do texto A, pode-se fazer as considerações abaixo.
I. Em “Preconceito, nunca. Temos apenas opiniões bem definidas sobre as coisas.” (1º parágrafo), pode-se reconhecer a “opinião” do autor; ou seja, neste trecho, ele expressa, literalmente, sua posição pessoal acerca do tema.
II. Em “Mas, por falar nisso”(2º parágrafo), o autor indica sua intenção de manter o tópico sobre o qual estava discorrendo no fragmento anterior.
III. Em “Afinal, todos sabemos (sabemos?)” (3º parágrafo), o autor explicita sua própria dúvida quanto ao que , taxativamente, havia afirmado.
IV. Em “Sabemos ainda que o negro não tem o mesmo potencial que o branco” (3º parágrafo), o autor retoma a percepção consensualmente estereotipada acerca do problema racial.
V. Em “Temos pesos, medidas e até um vocabulário diferente” (5º parágrafo), o autor faz uma enumeração e sugere a inclusão de um item não esperado.

Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.
A) II, III, IV e V apenas.
B) I, II, IV e V apenas. D) III e V apenas.
C) I, IV e V apenas. E) I e IV apenas.

03. Se prestarmos atenção às relações semânticas estabelecidas por certos conectivos que aparecem no texto A, pode-se afirmar o que segue.

I. No fragmento: “mesmo sem conhecermos, pessoalmente, muitos ou mesmo nenhum membro do grupo” (4º parágrafo), o segmento destacado tem um valor de concessão. Poderia ser substituído por ”embora não conheçamos”.
II. No fragmento: “o negro não tem o mesmo potencial que o branco” (3º parágrafo), a relação expressa é de comparação.
III. No fragmento: “Temos pesos, medidas e até um vocabulário diferente para nos referirmos ao “nosso” e ao do “outro” (5º parágrafo), a relação expressa é de causalidade.
IV. No fragmento: “deveríamos ser como esses intelectuais” (6º parágrafo), a relação expressa pelo conectivo é de conclusão.
V. Em “se não ficamos atentos ao preconceito nosso de cada dia.” (6º parágrafo), a relação expressa é de condição. Outro conectivo adequado a este contexto seria ‘caso’, feitas as devidas alterações.

Estão corretas as afirmações que constam na alternativa.
A) I e II apenas.
B) I, II e V apenas. D) II, III e IV apenas.
C) I, III e IV apenas. E) III, IV e V apenas.
Texto B
Troféu e sonho
A mansão, ainda que luxuosa, é de um mau gosto extremo. Não há muito o que ver, mas o dono faz questão de levar os visitantes a uma sala que chama de “meu templo”; ali, em uma espécie de vitrine, iluminado por fortes lâmpadas, está um troféu, uma taça destas que os clubes ganham em campeonatos. E, sem que lhe peçam, ele conta a história dessa taça.
Tudo começou quando era um rapaz pobre, morando em uma pequena cidade do interior. Lugar modorrendo, onde nada acontecia. Assim, foi grande a surpresa quando se anunciou a chegada, ali, de um grande time de futebol: nada menos que o Flamengo, do Rio de Janeiro. Notícia que o deixou excitadíssimo porque, em primeiro lugar, era fã de futebol e, mais importante, era um ardoroso torcedor do rubro-negro. Que viria ali para disputar um torneio regional, no qual participavam o time da cidade e mais alguns outros clubes de localidades vizinhas.
Na véspera do grande jogo, nem conseguiu dormir. No dia seguinte, foi o primeiro a chegar ao pequeno e precário estádio. Aos poucos as arquibancadas foram se enchendo. Todos miravam-no com irritação. Explicável:ele vestia uma camisa do Flamengo e agitava uma bandeira do clube. Decidira assumir a sua condição de torcedor e o fazia com orgulho. Aplaudiu com entusiasmo o rubro negro, quando este entrou em campo.
A partida começou e logo duas coisas ficaram claras; primeiro, que os donos da casa não eram adversários para o Flamengo; segundo, que o time carioca estava com muito azar. Jogador após jogador se lesionava e tinha de ser substituído. Lá pelas tantas, o insólito: mais um lesionado – e já não havia reserva no banco. O que gerou um impasse. A partida foi paralisada, enquanto juiz e dirigentes deliberavam
Foi aí – conta ele – que eu tive uma inspiração. Levantei-me e, da arquibancada, gritei que jogaria pelo Flamengo. Os dirigentes olharam-me com espanto, mas decidiram aceitar a proposta. Rapidamente assinei um contrato e no instante seguinte estava no campo. Apossei-me da bola, driblei um, driblei o segundo, chutei forte no canto esquerdo – gol! Gol da vitória! O Flamengo ganhou a taça. Que os dirigentes, em sinal de gratidão, me ofereceram.
Esta é a história que o homem conta. Na qual ninguém acredita: todos sabem que comprou a taça por bom dinheiro, de um credor do Flamengo. Mas também ninguém o desmente. Afinal, quem compra um troféu compra junto o sonho que esse troféu representa. Moacyr Scliar. Folha de S. Paulo, 13/10/2003, p. C2. Adaptado.

04. Pela compreensão global do texto B e pela análise de sua construção, fica claro que
I. o narrador foi além do simples relato: propõe, no final, uma reflexão sobre as dimensões simbólicas e nãoimediatas do fato.
II. por mais simples que sejam, as coisas podem assumir um aspecto sagrado: no texto, a expressão “meu templo” indica isso.
III. a seqüência de um texto se garante, também, pela retomada de segmentos anteriores: o uso do ‘Tudo’, no início do segundo parágrafo, e o uso do ‘aí’, no início do quinto, cumprem essa função coesiva.
IV. no quinto parágrafo, o narrador dá a palavra ao personagem principal, embora faltem indicações pronominais que atestem essa estratégia.
V. o título do texto tem um apoio explícito no último parágrafo; mas, ao longo do texto, palavras, como
‘modorrendo’, ‘lesionado’, ‘deliberavam’, iam orientando o leitor para a justificação do título.
O comentário está correto nos itens

A) I e II apenas. B) II e III apenas. C) I, II e III apenas. D) III, IV e V apenas. E) I, III e IV apenas.

05. Considerando as normas da concordância verbal, em uso nos textos A e B, pode-se fazer as seguintes análises.
I. Em “já observou o leitor como temos o fácil hábito de generalizar” (2º parágrafo do Texto A), o verbo em destaque está no singular, concordando com o termo sujeito ‘leitor’. Poderia também ficar no plural, uma vez que o sujeito está posposto ao verbo.
II. Em “todos sabemos (sabemos?) que” (3º parágrafo do Texto A), o verbo também poderia estar na 3ª. pessoa do plural, concordando com a forma ‘todos’.
III. Em “um torneio regional, no qual participavam o time da cidade e mais alguns outros clubes” (2º parágrafo do Texto B), o verbo está no plural, já que o sujeito é composto. Mas, poderia também estar no singular, concordando com o sujeito posposto mais próximo.
IV. Em “já não havia reserva no banco.” (4º parágrafo do Texto B), o verbo está no singular; estaria no plural, se o termo ‘reserva’ estivesse também no plural.
V. Em “ninguém o desmente” (6º parágrafo do Texto B), o verbo está no singular; mas, ficaria no plural se o sujeito fosse ‘nenhum de nós’.

As análises estão corretas nas alternativas

A) I, II e III apenas. B) II, III e IV apenas. C) I e V apenas. D) IV e V apenas. E) II e III apenas.

06. Uma análise das diferentes relações de significado entre as palavras leva a se afirmar que

I. em “uma pretensa superioridade coletiva” (4º parágrafo do Texto A), o termo sublinhado é sinônimo de ‘presumida’.
II. em “atributos inerentes” (2º parágrafo do Texto A), um sentido oposto para o termo sublinhado seria ‘inertes’.
III. um “Lugar modorrendo” (2º parágrafo do Texto B) é, metaforicamente, um ‘lugar com modorra’, ou seja,‘desanimado’.
IV. em “juiz e dirigentes deliberavam” (4º parágrafo do Texto B), o termo sublinhado se associa semanticamente a ‘ponderar’, ‘refletir’ e é sinônimo de ‘decidiam’.
V. em “Lá pelas tantas, o insólito” (4º parágrafo do Texto B), o termo em destaque tem o mesmo sentido de ‘inabitual’, ‘incomum’. O prefixo ‘in’ é indicação do sentido negativo dessas palavras.

As afirmações corretas aparecem nos itens

A) I e II apenas. B) II e III apenas. C) III, IV e V apenas. D) I, III, IV e V apenas. E) I, II, IV e V apenas.


O homem
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral.
A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. (...) E se na marcha estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo - cai é o termo - de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula e adorável.
É o homem permanentemente fatigado. (...) Idem, ibidem, p. 81.
UESTÃ
QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 1:
1. Apesar de ser forte e sociável, o sertanejo é um indivíduo muito desleixado, porque é pobre e feio.
2. Em “Agrava-o a postura normalmente abatida” (l.12), o pronome “o” refere-se a “O andar” .
3. Em “Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente.”, o pronome sublinhado refere-se a “sertanejo” .
4. Na passagem “A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente” (l.14-15) , o sujeito está subentendido.
5. Nas linhas 21-22, a oração intercalada “cai é o termo”, que está entre travessões, pode ser suprimida sem prejuízo para o sentido textual.

----------------------------- TEXTO 2 ------------------------------
Bilhete complicado
O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à moda antiga, que gostava de tudo certinho e no seu devido tempo. Namorava uma linda donzela, por quem estava realmente apaixonado.
Um dia, quando fazia uma viagem de negócios, Gumercindo entrou em uma loja e comprou um presente para a namorada: finíssimo par de luvas de pelica. Só que na hora do embrulho, a balconista se enganou e colocou na caixa uma calcinha de renda, e o pacote foi despachado pelo correio com o seguinte bilhete:
"Estou mandando este presente para fazer-lhe uma surpresa. Sei que você não usa, pois nunca vi usar. Pena não estar aí para ajudá-la a vestir. Fiquei em dúvida com a cor, no entanto a balconista experimentou na minha frente e me mostrou que esta era a mais bonita. Achei meio larga na frente, mas ela me explicou que era para a mão entrar mais fácil e os dedos se mexerem bem. Você não deve lavar em casa por recomendação do fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso para não dar mau cheiro. Espero que goste, pois este presente vai cobrir aquilo que vou lhe pedir muito em breve. Receba um afetuoso abraço do seu Gumercindo."
(Marcos Viníciius Ribeiro, Humor na Mirabilândia - Paraguaçu, MG)

QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 2:
1. Através do texto, percebe-se claramente que as conseqüências não serão agradáveis e que certamente o relacionamento com a linda donzela chegará ao fim.
2. Mesmo diante do acontecimento inesperado, o personagem deixa claro que as suas intenções são as mais apaixonadas possíveis e que, mesmo numa viagem de negócios, lembrou a amada.
3. O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à moda antiga, que gostava de tudo certinho - o termo destacado está no grau diminutivo, logo apresenta idéia de redução, diminuição.
4. Você não deve lavar em casa por recomendação do fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso para não dar mau cheiro. - Diante da recomendação do rapaz, compreende-se que os verbo "lavar", "usar" e "virar" possuem o mesmo complemento verbal subentendido: calcinha de renda.
5. "Estou mandando este presente para fazer-lhe uma surpresa." - A expressão "este presente" e o pronome oblíquo "lhe" retomam , no texto, respectivamente "luva de pelica" e "namorada".
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QUESTÕES DE TEXTO – FCC

EXERCÍCIO 1
As questões de números 1 e 2 referem-se à charge
abaixo.


Na charge, o efeito de humor deve-se prioritariamente
(A) à deselegância do garçom ao anunciar, em tom coloquial e em voz alta, a falta de gelo.
(B) ao descabido uso de fones pelas personagens que compõem a cena.
(C) à possibilidade de se entender a fala do garçom como alusão a questões climáticas do planeta.
(D) à indiferença da plateia diante da inesperada notícia.
(E) à inadequação de bebidas serem servidas em reunião de líderes das principais nações do mundo.

2. A frase que traduz corretamente o que se tem na charge é: O garçom disse que o gelo
(A) havia acabado.
(B) estava para acabar.
(C) acabaria fatalmente, em breve espaço de tempo.
(D) acaba logo.
(E) havia acabado naquele exato instante.
001 – C 002 – A


EXERCÍCIO 2

As questões de números 1 a 8 baseiam-se no texto apresentado abaixo.
Como declaração de princípios que é, a Declaração Universal dos Direitos Humanos não cria obrigações legais aos Estados, salvo se as respectivas Constituições estabelecem que os direitos fundamentais e as liberdades nelas reconhecidos serão interpretados de acordo com a Declaração. Todos sabemos, porém, que esse reconhecimento formal pode acabar por ser desvirtuado ou mesmo denegado na ação política, na gestão econômica e na realidade social. A Declaração Universal é geralmente considerada pelos poderes econômicos e pelos poderes políticos, mesmo quando presumem de democráticos, como um documento cuja importância não vai muito além do grau de boa consciência que lhes proporcione.
Nesses cinquenta anos não parece que os governos tenham feito pelos direitos humanos tudo aquilo a que, moralmente, quando não por força da lei, estavam obrigados. As injustiças multiplicam-se no mundo, as desigualdades agravam-se, a ignorância cresce, a miséria alastra. A mesma esquizofrênica humanidade que é capaz de enviar instrumentos a um planeta para estudar a composição das suas rochas assiste indiferente à morte de milhões de pessoas pela fome. Chega-se mais facilmente a Marte neste tempo do que ao nosso próprio semelhante.
Alguém não anda a cumprir o seu dever. Não andam a cumpri-lo os governos, seja porque não sabem, seja porque não podem, seja porque não querem. Ou porque não lho permitem os que efetivamente governam, as empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder, absolutamente não democrático, reduziu a uma casca sem conteúdo o que ainda restava de ideal de democracia. Mas também não estão a cumprir o seu dever os cidadãos que somos. Foi-nos proposta uma Declaração Universal dos Direitos Humanos e com isso julgamos ter tudo, sem repararmos que nenhuns direitos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes correspondem, o primeiro dos quais será exigir que esses direitos sejam não só reconhecidos, mas também respeitados e satisfeitos. Não é de esperar que os governos façam nos próximos cinquenta anos o que não fizeram nestes que comemoramos. Tomemos, então, nós, cidadãos comuns, a palavra e a iniciativa. Com a mesma veemência e a mesma força com que reivindicamos os nossos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa começar a tornar-se um pouco melhor.
(Trecho do discurso de José Saramago no banquete de encerramento da entrega do Prêmio Nobel, em 10 de dezembro de 1998. Transcrição segundo as normas brasileiras de ortografia.)

1. ... cuja importância não vai muito além do grau de boa
consciência que lhes proporcione. (final do 1o parágrafo)
O pronome grifado acima evita a repetição, no contexto,
da expressão:
(A) às obrigações impostas por leis.
(B) às respectivas Constituições.
(C) aos princípios da Declaração.
(D) aos poderes econômicos e políticos.
(E) aos direitos fundamentais e liberdades.

2. No texto, o autor
(A) aponta a necessidade de participação de toda a sociedade, em todos os países, na aplicação efetiva dos princípios constantes da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
(B) detém-se na história da elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento importante para a afirmação dos direitos e liberdades fundamentais do homem.
(C) relata as dificuldades encontradas em alguns países e regiões como justificativa para o fato de que os princípios da Declaração Universal ainda não estejam sendo respeitados integralmente.
(D) defende o respeito que deve merecer uma Constituição, como norma legal maior em cada Estado, para nortear toda possível ação política e até mesmo econômica.
(E) reconhece o esforço empreendido por governos, mesmo os não democráticos, no sentido de respeitar integralmente os postulados da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

3. A ideia principal do texto está voltada para
(A) a evolução tecnológica, que permitiu a exploração espacial nos cinquenta anos de vigência da Declaração Universal.
(B) o exato cumprimento de todos os deveres instituídos na Declaração Universal, como contrapartida aos direitos.
(C) a busca de um mundo mais justo para todos, sem grandes desigualdades econômicas e sociais.
(D) a exigência de que os governantes incluam os termos da Declaração Universal na Constituição de seus países.
(E) o reconhecimento da democracia como forma ideal de governo, por permitir liberdade de ação.

4. ... as empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder, absolutamente não democrático, reduziu a uma casca sem conteúdo o que ainda restava de ideal de democracia. (3o parágrafo)
O segmento grifado acima denota, no contexto,
(A) constatação baseada em dados.
(B) opinião pessoal.
(C) hipótese a ser comprovada.
(D) argumento dispensável.
(E) desejo a ser realizado.

5. A Declaração Universal é geralmente considerada pelos poderes econômicos e pelos poderes políticos, mesmo quando presumem de democráticos, como um documento cuja importância não vai muito além do grau de boa consciência que lhes proporcione. (1o parágrafo)
O sentido da afirmativa acima encontra-se corretamente
resumido, com a devida clareza, em:
(A) O grau de aceitação da importância da Declaração Universal depende das vantagens concedidas pelos poderes econômicos e políticos.
(B) Poderes econômicos e poderes políticos apresentam interesses divergentes sobre a verdadeira eficácia da Declaração Universal.
(C) Uma preocupação democrática de poderes econômicos deve estar atrelada à importância política da
Declaração Universal.
(D) Até mesmo em regimes democráticos, o respeito à Declaração Universal não se traduz em ações concretas de afirmação dos seus princípios.
(E) Considera-se a Declaração Universal um documento democrático, mesmo em regimes menos conscientes de seus poderes.

6. Chega-se mais facilmente a Marte neste tempo do que ao nosso próprio semelhante. (final do 2o parágrafo)
Considerado o contexto, o sentido da afirmativa acima pode ser corretamente resumido por:
(A) capacidade tecnológica e ousadia.
(B) irresponsabilidade e desrespeito.
(C) curiosidade e reconhecimento.
(D) injustiça social e imoralidade.
(E) distanciamento e indiferença.

7. ... que os direitos fundamentais e as liberdades nelas reconhecidos serão interpretados de acordo com a Declaração. (1o parágrafo)
O verbo que admite a mesma transposição que aparece grifada acima está também grifado na frase:
(A) ... os cidadãos que somos.
(B) ... a Declaração Universal dos Direitos Humanos não
cria obrigações legais aos Estados ...
(C) ... cuja importância não vai muito além do grau de boa consciência ...
(D) ... a ignorância cresce ...
(E) ... que ainda restava de ideal de democracia.

8. A mesma relação que se observa quanto à flexão das formas verbais reivindicamos e reivindiquemos (3º parágrafo) está no par:
(A) pode - possa
(B) façam - fizeram
(C) sabemos - sabem
(D) podem - poderão
(E) anda – andam

TEXTO

Há um preconceito enraizado contra a livre expressão das emoções na cultura ocidental. Quem demonstra angústia, raiva, alegria excessiva ou medo, tanto no trabalho quanto na vida pessoal, é considerado passional, irracional, frágil e despreparado para enfrentar a realidade da vida. É aquele que não aprendeu a dominar seus sentimentos e a desenvolver aquilo que nos diferencia dos animais: a racionalidade. Hoje, fala-se muito em inteligência emocional, mas nem todos entendem seu real significado. Não se trata de adestrar o comportamento e suprimir os impulsos para atingir objetivos, mas identificar e aceitar a manifestação das emoções mais primárias, inclusive as desconfortáveis.
A apologia à racionalidade ignora o poder dos sentimentos. Pesquisas recentes, no entanto, comprovam a importância do reconhecimento e da expressão das emoções – até as negativas. Um estudo realizado nos Estados Unidos defende que as emoções podem ser mais confiáveis do que a razão nos momentos de decisão. São elas que levam o indivíduo à ação, permitem sonhar, possibilitam o afeto, a generosidade e conduzem o mundo às grandes mudanças ideológicas.
Há uma certa unanimidade sobre os benefícios da expressão de emoções positivas, como felicidade, amor,
alegria, prazer, entusiasmo. Mas, quando se fala em raiva, ódio, angústia, mágoa, ressentimento, há um consenso explícito de que essas emoções devem ser escondidas, evitadas. As pesquisas estão derrubando essa crença e os psicólogos afirmam que as emoções negativas têm o seu valor. O local de trabalho costuma ser visto como o ambiente menos propício para manifestar sentimentos. "A estratégia das organizações de fixar metas e objetivos para os funcionários criou uma disciplina de comportamento que condena a expressão das emoções individuais", avalia Antônio Valverde, professor de filosofia da PUC-SP. "Por isso, há tanta monotonia, pouca solidariedade e escassa criatividade nas empresas."
(Adaptado de Isto é, 25 de março de 2009, p.65-67)

9. A afirmativa que traduz corretamente o sentido do texto é:
(A) Pesquisas revelam o benefício da manifestação dos sentimentos, positivos e negativos, na vida pessoal e profissional.
(B) A livre expressão de sentimentos, especialmente daqueles considerados negativos, prejudica a harmonia necessária ao local de trabalho.
(C) Pessoas dominadas por sentimentos negativos demonstram sua fragilidade emocional, comprometendo o andamento da rotina de trabalho.
(D) Segundo pesquisadores, a manifestação de sentimentos, positivos ou negativos, é o que torna agradável um ambiente de trabalho.
(E) Apesar das descobertas feitas por pesquisadores, são as atitudes racionais na rotina de trabalho que garantem sua eficácia.

10. É correto inferir do texto que
(A) pesquisas confirmam o consenso geral de que os sentimentos negativos, além de prejudicar as pessoas que os manifestam, prejudicam o ambiente de trabalho.
(B) pesquisadores valorizam a livre manifestação de sentimentos negativos nas empresas, no intuito de melhorar o relacionamento no ambiente de trabalho.
(C) o conceito de inteligência emocional abrange o conhecimento das próprias emoções e a aceitação de como elas podem vir a manifestar-se.
(D) um comportamento racional caracteriza as melhores atitudes humanas, a partir de um amplo domínio que se estabelece sobre as emoções, suprimindo-as.
(E) emoções individuais devem ser desconsideradas quando se fixam as metas e os objetivos determinantes para o trabalho em uma empresa.

Para que servem as emoções?
I. Preparam nosso organismo para criar um impulso à ação diante de situações vitais relevantes para a sobrevivência individual e da espécie.
II. Energizam e ampliam outras funções psicológicas, como o pensamento, a vontade, a imaginação, o sonho e até mesmo outras emoções.
III. Mantêm a saúde física. A sua expressão plena permite ao organismo regular-se automaticamente.
IV. Provocam mudanças psicológicas e impulsionam o desenvolvimento da personalidade individual e da espécie.
V. Permitem a comunicação interpessoal, a manutenção das relações íntimas e a interação social, pilares da vida em comunidade.
(Adaptado de Solte Suas Emoções. Isto é, Ano 32. n.2054. 2009)

11. Considerando-se o quadro e o texto, a afirmativa INCORRETA é:
(A) A "expressão plena" das emoções no ambiente de trabalho, em especial a daquelas consideradas negativas, impedem a adequada visão estratégica dos problemas de uma empresa (III).
(B) As emoções constituem importantes ferramentas em
situações de tomada de decisões pessoais, como consta em I.
(C) As alterações psicológicas provocadas pelas emoções (IV) permitem desempenho eficaz nas atividades de trabalho, inerentes à área de atuação.
(D) As expressões constantes em II e V podem ser entendidas como criatividade na vida pessoal e no trabalho, além de relacionamento interpessoal.
(E) As "situações vitais relevantes" (I) podem ser equiparadas às situações que surgem naturalmente no andamento de um processo de negociação em área de interesse do trabalho.

12.
Toda profissão lida com relações entre pessoas.
As emoções podem trazer alternativas para a solução de problemas.
Problemas surgem no trabalho.
Profissionais devem mostrar suas emoções.
As frases acima estão organizadas em um único período, com correção, clareza e lógica, em:
(A) Para os problemas surgidos no trabalho, os profissionais devem mostrar suas emoções em que toda
profissão lida com relações entre pessoas, podendo trazer alternativas para a solução de problemas.
(B) Como toda profissão lida com relações entre pessoas, os profissionais devem mostrar suas emoções, pois elas podem trazer alternativas para a solução de problemas que surgem no trabalho.
(C) Quando problemas surgem no trabalho, os profissionais devem mostrar suas emoções na relação profissional entre pessoas, onde as emoções podem trazer alternativas para a solução desses problemas.
(D) Os profissionais devem mostrar suas emoções, por que toda profissão, lida com relações entre pessoas e elas trazem alternativas para a solução de problemas surgidos no trabalho.
(E) As emoções trazem alternativas para a solução de problemas quando surgem no trabalho, de que os profissionais devem mostrar suas emoções, porque toda profissão lida com relações entre pessoas.

1.C 2.B 3.C 4.A 5.B 6.A 7.C 8.E 9.D 10.E 11.B 12.D


EXERCÍCIO 3

A Declaração Universal dos Direitos Humanos acaba de completar 60 anos. Ela representa a eterna aspiração da humanidade para uma vida com liberdade e dignidade para todos.
Se, por um lado, progressos consideráveis foram obtidos em campos como combate ao racismo, condenação dos regimes ditatoriais e promoção da igualdade de gênero, por outro lado, desafios surgiram com novos atos de violação dos direitos humanos e, consequentemente, passíveis de condenação no âmbito da Declaração Universal. São os casos da violência e da discriminação a qualquer título e das novas formas de terrorismo. Isso sem falar em questões antigas, ainda longe de serem resolvidas, como a luta contra o tráfico de pessoas e a tortura.
Nesse contexto, o acesso à informação é de importância capital e um direito que também precisa ser efetivado. O mais amplo acesso às avançadas tecnologias de informação e comunicação é fundamental para que todos tenham conhecimento de seus direitos e das violações cometidas, independentemente de onde ocorram e contra quem.
Por mais paradoxal que pareça, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o instrumento internacional mais citado no mundo, mas está disponível em apenas 350 das cerca de 7.000 línguas faladas e catalogadas no planeta. Ou seja, nem todos têm acesso ao conteúdo da declaração que assegura seus direitos. E tais direitos só serão efetivamente reivindicados, garantidos e exercidos quando forem devidamente conhecidos.
Portanto, ampliar a disseminação dessa declaração é tarefa que precisa ser abraçada como prioridade, especialmente em benefício dos grupos minoritários, os mais vulneráveis e marginalizados. Aqui a mídia tem um papel decisivo, atuando inclusive como mobilizadora da sociedade contra as violações cometidas globalmente. Assegurar o direito a uma mídia livre e pluralista, em que todas as vozes sejam ouvidas é, pois, garantia da promoção dos direitos humanos e do monitoramento contra suas violações.
(Trecho do artigo de Marcio Barbosa, Diretor-geral-adjunto da UNESCO. Folha de S. Paulo, 10 de dezembro de 2008, A3, com adaptações)

1. De acordo com o 2o parágrafo do texto, a Declaração dos Direitos Humanos
(A) permitiu que se conhecessem todas as formas de violação desses direitos e, por consequência, se tornasse efetivo o combate a tais violações.
(B) obteve pouco êxito em seu propósito de oferecer vida digna à humanidade, pois seus objetivos eram excessivamente amplos para serem respeitados por todas as nações.
(C) possibilitou o combate eficaz de alguns tipos de violação desses direitos, apesar de permanecerem ainda situações não resolvidas e terem surgido novas formas de violência.
(D) conseguiu pôr em prática o ideal que norteou sua publicação, garantindo principalmente a liberdade e a dignidade das populações de todo o planeta.
(E) pecou pela sua pouca abrangência na conceituação dos direitos nela previstos, pois não foram incluídos casos extremos de violação, como o terrorismo.

2. A afirmativa de que a Declaração está disponível em apenas 350 línguas (4o parágrafo) constitui, no contexto,
(A) uma opinião pessoal, no sentido de que há pouco conhecimento das línguas faladas no mundo todo, o que impede a publicação desse importante documento.
(B) um dado que contraria o objetivo principal da Declaração, tendo em vista que esse documento não se tornou universal, como pretendiam seus signatários.
(C) a constatação de que, apesar dos amplos objetivos que nortearam a criação desse documento, as barreiras linguísticas impediram a divulgação dos direitos previstos.
(D) um fato que vai justificar a opinião de que somente uma ampla divulgação do documento poderá garantir a efetivação universal dos direitos nele contidos.
(E) a comprovação de que é impossível reconhecer-se um documento realmente internacional pela dificuldade de sua divulgação em todos os idiomas existentes no planeta.

3. Identifica-se ressalva na articulação entre as orações do período transcrito em:
(A) O mais amplo acesso às avançadas tecnologias de informação e comunicação é fundamental para que todos tenham conhecimento de seus direitos e das violações cometidas ...
(B) ... a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o instrumento internacional mais citado no mundo, mas está disponível em apenas 350 das cerca de 7.000 línguas faladas e catalogadas no planeta.
(C) E tais direitos só serão efetivamente reivindicados, garantidos e exercidos quando forem devidamente conhecidos.
(D) Portanto, ampliar a disseminação dessa declaração é tarefa que precisa ser abraçada como prioridade, especialmente em benefício dos grupos minoritários, os mais vulneráveis e marginalizados.
(E) Assegurar o direito a uma mídia livre e pluralista (...) é, pois, garantia da promoção dos direitos humanos e do monitoramento contra suas violações.

4. Isso sem falar em questões antigas, ainda longe de serem resolvidas, como a luta contra o tráfico de pessoas e a tortura. (2o parágrafo)
A afirmativa acima encontra-se reproduzida, com clareza e correção, sem alteração do sentido original, em:
(A) Antigos problemas, entre eles a luta contra o tráfico de pessoas e a tortura, permanecem ainda sem solução.
(B) As questões antigas, que ainda não foi resolvidas, contra o tráfico de pessoas e a tortura, é o que deve ser tratado entre elas.
(C) Não se fala no resultado de questões antigas, que ainda não foi resolvido, como a luta contra o tráfico de pessoas e a tortura.
(D) Lutar contra o tráfico de pessoas e a tortura é velhas questões que ainda não foi resolvido.
(E) A prática da tortura e do tráfico de pessoas, são o antigo problema que não tem solução ainda hoje.

1.C 2.D 3.B 4.A



EXERCÍCIO 4

Que o desenho é uma das mais antigas formas de expressão do homem, não é novidade para ninguém. Os primeiros rabiscos nas paredes das cavernas devem ter feito o maior sucesso. De lá, para enquadrá-los, botar falas nos balões, imprimir e distribuí-los nas bancas de jornal, levou tempo – alguns milênios, certamente. Mas é evidente o poder de atração que essa conjunção de traços, cores e diálogos exerce sobre nós, a despeito da idade do apreciador.
A produção em série de histórias em quadrinhos só se tornou viável no século XIX. Conhecidas inicialmente como "literatura em estampas" ou "romances caricaturados", surgem como suplementos humorísticos de jornal. E catapultam as vendas.
Há detratores, claro, e sempre houve. Já as acusaram de se prestarem a funções ideológicas e políticas; de serem
alienantes; de possuírem intenções imperialistas. E não sem razão. Ao longo da história, elas serviram para os mais variados fins, assim como livros, filmes e obras de arte. Nelas pode caber tudo de bom e de pior, como no mundo. Felizmente, temos defensores. Para Carlos Patati, roteirista e autor do Almanaque dos Quadrinhos, elas apenas "retratam uma época específica em que estão inseridas".
Mas como, afinal, definir uma história em quadrinhos? Uma revista, uma tira, uma charge? Para outro especialista no assunto, Álvaro de Moya, todos esses formatos são HQ: "É uma narrativa que conta uma história a partir de elementos gráficos". Moya defende que se trata de uma forma de arte de alcance extraordinário.
(Adaptado de Paulo Ribeiro Gallucci e Guilherme Resende. Brasil: Almanaque de cultura popular. Andreato comunicação e cultura, janeiro 2008, p. 20)

01. A afirmativa correta, de acordo com o texto, é:
(A) As histórias em quadrinhos, como qualquer manifestação artística, foram utilizadas ao longo da História para os mais diversos fins, muito além de serem
somente um passatempo.
(B) As histórias em quadrinhos constituem uma forma de literatura que vem desde as primeiras manifestações artísticas do homem, servindo para distrair leitores de jornais e iniciar crianças na leitura.
(C) O gênero literário dos quadrinhos é bastante abrangente, de modo que inclui toda espécie de manifestação artística, até mesmo os primeiros desenhos feitos nas paredes das cavernas.
(D) A divulgação das histórias em quadrinhos no mundo todo, atualmente, permite afirmar sua superioridade artística, que ultrapassa até mesmo o valor de filmes, livros ou obras de arte.
(E) Um grande número de críticos das histórias em quadrinhos baseia suas restrições no fato de que elas são, muitas vezes, caricaturas de romances, com foco em situações de humor, para ampliar as vendas de jornais.

02. Fica evidente no texto que o sucesso das histórias em quadrinhos se baseia, especificamente,
(A) no bom humor, que continua sendo sua característica, desde o início.
(B) no uso de elementos gráficos, que garantem seu alcance, para contar uma história.
(C) nas caricaturas de pessoas conhecidas do público, especialmente os políticos.
(D) nas múltiplas finalidades a que servem essas histórias em todas as épocas.
(E) na possibilidade de serem produzidas em série, com os recursos atuais de impressão.

03. ... apenas "retratam uma época específica em que estão inseridas". (3o parágrafo)
A frase entre aspas tem seu sentido original expresso corretamente, com outras palavras, em:
(A) se valorizam à medida que as histórias se voltam para fatos que ocorrem num determinado momento.
(B) têm por objetivo principal agradar o maior número possível de leitores, em determinada época.
(C) se confundem com a realidade vivida pelos leitores, especialmente se forem utilizadas para divertir.
(D) representam valores e maneiras de pensar de uma sociedade, em um determinado período de tempo.
(E) sofrem críticas em determinadas ocasiões, por nem sempre refletirem anseios de sua época.

A. B. D


EXERCÍCIO 5

Liberdade minha, liberdade tua
Uma professora do meu tempo de ensino médio, a propósito de qualquer ato de indisciplina ocorrido em suas aulas, invocava a sabedoria da frase “A liberdade de um termina onde começa a do outro”. Servia-se dessa velha máxima para nos lembrar limites de comportamento. Com o passar do tempo, esqueci-me de muita coisa da História que ela nos ensinava, mas jamais dessa frase, que naquela época me soava, ao mesmo tempo, justa e antipática. Adolescentes não costumam prezar limites, e a ideia de que a nossa (isto é, a minha...) liberdade termina em algum lugar me parecia inaceitável. Mas eu também me dava conta de que poderia invocar a mesma frase para defender aguerridamente o meu espaço, quando ameaçado pelo outro, e isso a tornava bastante justa... Por vezes invocamos a universalidade de um princípio por razões
inteiramente egoístas.
Confesso que continuo achando a frase algo perturbadora, provavelmente pelo pressuposto que ela encerra: o de que os espaços da liberdade individual estejam distribuídos e demarcados de forma inteiramente justa. Para dizer sem meias palavras: desconfio do postulado de que todos sejamos igualmente livres, ou de que todos dispomos dos mesmos meios para defender nossa liberdade. Ele parece traduzir muito mais a aspiração de um ideal do que as efetivas práticas sociais. O egoísmo do adolescente é um mal dessa idade ou, no fundo, subsiste como um atributo de todas?
Acredito que uma das lutas mais ingentes da civilização humana é a que se desenvolve, permanentemente, contra os impulsos do egoísmo humano. A lei da sobrevivência na selva – lei do instinto mais primitivo – tem voz forte e procura resistir aos dispositivos sociais que buscam controlá-la. Naquelas aulas de História, nossa professora, para controlar a energia desbordante dos jovens alunos, demarcava seu espaço de educadora e combatia a expansão do nosso território anárquico. Estava ministrando-nos na prática, ao lembrar os limites da liberdade, uma aula sobre o mais crucial desafio da civilização. (Valdeci Aguirra, inédito)

1. A frase invocada nas aulas de História constitui o centro das presentes reflexões do autor do texto, que a explora, fundamentalmente, como expressão
(A) das atribulações que todo professor bem intencionado precisa enfrentar, diante de jovens rebeldes e problemáticos.
(B) dos impasses que a civilização provoca, ao pretender conciliar a fragilidade dos instintos e o sentimento da liberdade.
(C) da histórica batalha que se trava entre os nossos impulsos mais primitivos e a necessária estruturação da ordem social.
(D) da dificuldade que aflige os adolescentes, quando tentam justificar seu egoísmo alegando os mais nobres princípios.
(E) da ambiguidade medular dos processos históricos, representada na indecisão entre a escolha da liberdade ou da justiça.

2. Considerando-se o sentido geral e conclusivo do texto, o título Liberdade minha, liberdade tua tem significação
equivalente à da seguinte formulação:
(A) Minha liberdade nada tem a ver com a tua.
(B) A tua e a minha liberdade são essencialmente a mesma.
(C) Tua liberdade acaba por eliminar a minha.
(D) A minha e a tua liberdade devem conciliar-se.
(E) Nossas liberdades exercem-se paralelamente.

3. Atente para as afirmações abaixo.
I. No primeiro parágrafo, a última frase expressa uma verdade geral que se depreendeu da análise de uma situação particular.
II. No segundo parágrafo, a perturbação confessada pelo autor do texto advém do reconhecimento de que todos os adolescentes são egoístas.
III. No terceiro parágrafo, a lei do mais forte é invocada para explicar por que idealizamos os nossos mais primitivos instintos.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se
afirma em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

4. Os dois casos de emprego de reticências, no primeiro parágrafo, têm em comum o fato de servirem a um enunciado
(A) independente e sem consecução lógica.
(B) cuja intenção é expressar uma ironia.
(C) que ratifica a afirmação imediatamente anterior.
(D) sem conexão lógica com a afirmação anterior.
(E) que conclui a lógica da argumentação em curso.

5. Considerando-se o contexto, a alternativa em que NÃO se traduz com equivalência de sentido uma expressão do texto é:
(A) Servia-se dessa velha máxima (1o parágrafo) =
recorria a esse antigo adágio.
(B) para defender aguerridamente (1o parágrafo) = a fim
de resguardar com denodo.
(C) desconfio do postulado (2o parágrafo) = suspeito da
premissa.
(D) subsiste como um atributo (2o parágrafo) = remanesce como uma característica.
(E) resistir aos dispositivos sociais (3o parágrafo) = sublevar as imposturas da sociedade.

6. Está clara e correta esta nova redação de uma frase do texto:
(A) Ela atribuía o sentido da velha frase ao propósito de refrear nossos atos de fraglante indisciplina.
(B) Ao ouvir aquela frase, que nunca mais me esqueci, soava-me a um só tempo tão justa quanto antipática.
(C) O que essa frase me causa espécie está na pressuposição de haver nela uma justa distribuição dos espaços de liberdade.
(D) Afirmo, sem tergiversar: custa-me crer que disponhamos todos dos mesmos meios para preservar
nossa liberdade.
(E) Com vistas ao controle de nossos ímpetos, ela se propunha debelar-se contra o nosso insipiente anarquismo.

7. No contexto, estabelecem entre si uma oposição de sentido os seguintes segmentos:
(A) prezar limites e demarcava seu espaço.
(B) aspiração de um ideal e efetivas práticas sociais.
(C) energia desbordante e expansão do nosso território anárquico.
(D) não costumam prezar limites e território anárquico.
(E) limites da liberdade e crucial desafio da civilização.



EXERCÍCIO 6

Se o estudo recém-divulgado pelo IBGE, em vez de se chamar Síntese de Indicadores Sociais, se chamasse Síntese de Indicadores de Futuro, talvez ajudasse o País a se dar conta do que o espera se o mais crucial desses indicadores no mundo contemporâneo – a educação – continuar a ser, no Brasil, a catástrofe que as pesquisas revelam com desalentadora regularidade. Fala-se em futuro não porque as escabrosas deficiências do ensino já não venham emperrando a modernização nacional e a expansão dos nossos setores econômicos de ponta. Mas sobretudo porque, na era da revolução tecnológica permanente e globalizada, sem a superação acelerada do atraso educacional, a distância entre o País e as "sociedades do conhecimento" só tenderá a aumentar. O resultado previsível será o encolhimento da participação relativa do Brasil no intercâmbio internacional dos bens e serviços de alto valor agregado – o que faz a riqueza das nações neste século XXI.
Diga-se desde logo que a educação de massa, no Brasil, já foi pior. Avançou-se enormemente na última década em matéria de universalização do acesso à escola. Do mesmo modo, o desempenho do sistema de ensino melhorou, embora de forma muito desigual. Mas, a exemplo do que ocorre em tantos outros aspectos da realidade do País, também na educação se avança a passos exasperadamente lentos – seja em relação às necessidades da população, seja em relação ao ritmo do progresso nas outras nações com as quais o Brasil deve ser cotejado.
Entram governos, saem governos, e o poder público não consegue concentrar, pelo tempo devido, programas prioritários, recursos focalizados e políticas de gestão eficazes ali onde se trava de fato a mais decisiva das batalhas na frente da educação – o ensino fundamental. As consequências estão nos novos números do IBGE. Há 2,4 milhões de crianças analfabetas na faixa dos 7 aos 14 anos, embora a maior parte delas esteja na escola. É o retrato de uma falência para a qual contribuem professores despreparados e sobrecarregados, condições deploráveis de trabalho, a pobreza das famílias e o interesse insuficiente dos pais, eles próprios analfabetos ou quase isso.
Outro indicador da crise é a chamada defasagem idade-série. Os dados melhoraram, mas novamente o ritmo da melhora deixa a desejar. O mesmo raciocínio vale para o nível de escolarização dos brasileiros com 15 anos ou mais. O aumento foi pequeno e ficou em um patamar muito abaixo de países como a Coreia do Sul. Sem falar, ainda, que a evasão no ensino médio é da ordem de 5 milhões de alunos por ano – o que reforça o nexo entre educação de baixíssima qualidade e a escassez de mão de obra qualificada. Em 2007, 30% dos brasileiros de 15 anos em diante eram analfabetos funcionais ou analfabetos totais. É ominoso constatar que um terço da geração que desponta para o mercado de trabalho, por falta de educação básica adequada, não tem condições de ascensão social. São cidadãos que dificilmente sairão do nível de pobreza.
(Adaptado de O Estado de S. Paulo, A3, 27 de setembro de 2008)

1. O texto aponta, principalmente,
(A) a necessidade do acesso universal à escola, com prioridade para o ensino fundamental, no sentido de eliminar o grande número de analfabetos totais e funcionais, de todas as idades, ainda existente no País.
(B) a importância de se fazerem pesquisas constantes, que reflitam a realidade social e econômica do país perante outras nações, mais avançadas, em razão da disponibilidade de recursos tecnológicos.
(C) o despreparo de professores, além do desinteresse das autoridades governamentais, como causas primordiais do fracasso absoluto do sistema educacional
brasileiro, em especial, do ensino fundamental.
(D) a ausência de uma mão de obra realmente pronta para o mercado de trabalho, situação que se reflete nas precárias condições econômicas da maior parte da população brasileira, sem condições de ascensão social.
(E) a precariedade do sistema de ensino no Brasil, fato que se reflete tanto nos problemas socioeconômicos da população quanto na comparação da situação do País com a de outras nações.

2. A ideia central do texto está corretamente sintetizada em:
(A) Há índices otimistas nos dados mais recentes de pesquisas, porém o foco das melhorias é extremamente difuso e pouco eficaz.
(B) A escassez de mão de obra qualificada para o mercado de trabalho impede avanços sociais e econômicos no País e fora dele.
(C) A situação desfavorável do ensino é obstáculo para o desenvolvimento do País e para a melhoria das condições sociais de boa parte da população brasileira.
(D) A falência do ensino é justificada, em grande parte, pelo desinteresse dos pais, analfabetos, em acompanhar a educação dos filhos.
(E) A mobilidade social tem sido bastante prejudicada, no Brasil, pela falta de um sistema educacional realmente organizado e qualificado.

3. É correto afirmar que se trata de um texto
(A) informativo, ao analisar detalhadamente os dados obtidos em pesquisas voltadas para a realidade social e econômica da população brasileira.
(B) opinativo, com uma avaliação crítica do sistema de ensino no país, a partir de dados indicadores do sistema educacional.
(C) crítico, com uma visão pessimista a partir dos dados
da realidade educacional, sem qualquer indicação de melhora futura.
(D) reflexivo, com uma posição de certa neutralidade ao abordar tanto os aspectos negativos quanto os positivos do sistema de ensino brasileiro.
(E) voltado para a realidade futura da mão de obra no mercado de trabalho, a partir das condições desfavoráveis do ensino no país.

4. Fala-se em futuro não porque as escabrosas deficiências do ensino já não venham emperrando a modernização nacional e a expansão dos nossos setores econômicos de ponta. Mas sobretudo porque, na era da revolução tecnológica permanente e globalizada, sem a superação acelerada do atraso educacional, a distância entre o País e as "sociedades do conhecimento" só tenderá a aumentar. (1º parágrafo)
O segmento acima está corretamente transcrito com outras palavras, sem alteração do sentido original, em: Fala-se em futuro ...
(A) já que as terríveis dificuldades do ensino não venham emperrando a modernização nacional nem o aumento dos setores econômicos pontuais, mas sim porque, para superar o atraso educacional, a distância entre o País e as nações conhecidas só irá aumentar.
(B) não que as maiores deficiências do ensino já não venham dificultando a modernização no País nem a expansão dos setores econômicos de ponta mas, sobretudo porque, na era de uma revolução tecnológica globalizada, sem superar o acelerado atraso educacional, vai aumentar a distância entre o País e as sociedades que a conhecem.
(C) para que as deficiências do ensino já não venham em descalabro contra a modernização nacional mas sim com a expansão dos setores econômicos de ponta, sobretudo para que, na era da revolução tecnológica contínua e globalizada, sem a superação acelerada do atraso educacional, a distância entre o País e as conhecidas sociedades só tenderão a aumentar.
(D) porque, além do fato de que as enormes deficiências
do ensino prejudicam a modernização nacional e a
expansão da economia de ponta, o atraso educacional será responsável por aumentar a distância cada vez maior entre o País e as nações que dominam o conhecimento resultante da contínua e globalizada revolução tecnológica.
(E) não é porque um ensino com as escabrosas deficiências que já vem emperrando a modernização nacional com a expansão de ponta dos setores econômicos, contudo porque não haverá, na era da revolução tecnológica, sem o acelerado atraso educacional, a distância entre o País e o conhecimento
social dos outros.

5. O sentido contextual está corretamente expresso, com outras palavras, no segmento:
(A) talvez ajudasse o País a se dar conta = possivelmente poderia fazer o País perceber.
(B) o mais crucial desses indicadores = o indicador mais
temível.
(C) com desalentadora regularidade = sendo extremamente habitual.
(D) com as quais o Brasil deve ser cotejado = com aquelas que superam o Brasil.
(E) a mais decisiva das batalhas = uma contenda das mais difíceis.


1 – E 2 – C 3 – B 4 – D 5 – A

EXERCÍCIO 7

Verdes, bonitas e de aparência inofensiva, as plantas também podem ser ecologicamente incorretas – as chamadas "invasoras", por exemplo, representam a segunda maior causa de destruição da biodiversidade do planeta, perdendo apenas para o desmatamento. Só para se ter parâmetro de sua agressividade, segundo os especialistas, elas são mais predadoras do que o aquecimento global. Trata-se de espécies exóticas trazidas de outros países que, plantadas em um novo habitat, passam a destruir a flora e a fauna nativas. Livres de "adversários", elas vão se alastrando até virarem praga. Mas quem poderia desconfiar de uma jaqueira, de uma amendoeira ou de um bambuzal? Plantas invasoras como essas estão agora chamando a atenção do governo federal e de secretarias do meio ambiente de todo o país.
Crescem as constatações de que ameaçam a flora causando, juntamente com outros animais, um prejuízo anual superior a R$ 100 milhões. Para atacar o problema, o Ministério do Meio Ambiente está elaborando uma estratégia para combatê-las, que deve ser colocada em prática no próximo ano. Uma lista preliminar já tachou 542 seres vivos de "exóticos e invasores" no Brasil, e cerca de 100 deles são plantas. O Ministério também lançará um livro que reúna dados sobre espécies invasoras marinhas. Depois virão outros volumes, mostrando as vilãs dos rios, do meio terrestre, do sistema de produção agrícola e da saúde humana − isso se dá no momento em que diversos Estados também se ocupam do problema.
Quando se comemorou o Dia da Mata Atlântica (27 de maio), a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio recebeu de pesquisadores um rol de 226 espécies invasoras da flora local. "Queremos que sirva como critério para barrar sua entrada e o seu plantio", diz a Superintendente de Biodiversidade da secretaria.
Entre as principais ameaças identificadas está a jaqueira – que, ao contrário do que muitos julgam, não é um exemplar original. Trazida da Ásia durante a colonização, foi proliferando aos poucos e hoje ocupa o lugar de espécies nativas nos parques e reservas do Rio, como a floresta da Tijuca.
Segundo especialistas, o homem, desavisado do estrago que pode provocar no ambiente, acaba sendo responsável pela introdução de boa parte das espécies invasoras. Uma forma de disseminação é o uso dessas árvores exóticas no paisagismo urbano – tradição brasileira que começou com a corte portuguesa, foi alterada na década de 1920 por paisagistas como Burle Max (que preferiam as exóticas tropicais), mas que agora começa a ser revista.
(Adaptado de Maíra Magro. Revista Istoé, 24 de junho de 2009,
p. 100-101)

01. De acordo com o texto, a afirmativa correta é:
(A) Autoridades do governo federal e dos governos estaduais buscam descobrir a origem de algumas espécies de plantas, para evitar seu plantio no país.
(B) O desmatamento indiscriminado no Brasil atinge também espécies exóticas, que trazem beleza à paisagem de muitas cidades, como o Rio de Janeiro.
(C) Espécies alienígenas, incorporadas à paisagem brasileira por sua beleza, estão se transformando em séria ameaça à flora nativa.
(D) Plantas estrangeiras utilizadas no paisagismo urbano estão sendo proibidas por determinação do Ministério do Meio Ambiente.
(E) Uma das causas para o aquecimento global está na disseminação descontrolada, no Brasil, de espécies da flora de outros países.

02. − isso se dá no momento em que diversos Estados também se ocupam do problema. (2o parágrafo) O pronome grifado acima refere-se corretamente, no texto, à
(A) reunião de dados sobre espécies invasoras que estão comprometendo a biodiversidade de diversos ambientes.
(B) constatação de que as plantas podem ser ecologicamente predadoras do ambiente em que se encontram.
(C) preocupação dos órgãos de governo em rever as escolhas feitas por paisagistas no embelezamento das cidades.
(D) ausência de controle oficial sobre algumas espécies de plantas, que põem em risco a biodiversidade da flora brasileira.
(E) escolha de espécies que consigam cercear a disseminação das espécies exóticas fora de seu ambiente natural.

03. − que, ao contrário do que muitos julgam, não é um
exemplar original. (3o parágrafo)
O segmento após o travessão constitui, considerando-se o contexto,
(A) enumeração de caráter explicativo.
(B) opinião pessoal, como juízo de valor.
(C) constatação enumerativa de um fato.
(D) comentário que se opõe à opinião geral.
(E) informação desnecessária no contexto.

04. Só para se ter parâmetro de sua agressividade, segundo os especialistas, elas são mais predadoras do que o aquecimento global. (1o parágrafo)
O sentido da expressão grifada acima está corretamente
reproduzido, com outras palavras, em:
(A) controle das causas de destruição trazidas por essas
plantas exóticas.
(B) condição de mapear a expansão descontrolada dessas plantas.
(C) medida do comprometimento ambiental causado por
plantas invasoras.
(D) uma possível resistência ao ímpeto destruidor das espécies alienígenas.
(E) a exata importância da resistência dessas plantas exóticas no novo habitat.


01 – C 02 – A 03 – D 04 – C


EXERCÍCIO 8

A busca por explicações para os diversos matizes da personalidade mobiliza a ciência e a filosofia desde a Antiguidade. Na Grécia, Hipócrates, o pai da medicina, descreveu quatro tipos de personalidade, de acordo com a presença de determinadas substâncias no organismo. No Renascimento e na era moderna, o debate se deu principalmente em torno do grau de responsabilidade que a natureza e o ambiente teriam na formação da personalidade. Por todo o século XX, muitospensadores se agarraram à tese de que o ser humano é produto apenas do ambiente. Com frequência, esse posicionamento era uma reação à série de barbaridades cometidas nos Estados Unidos e em vários países da Europa com o intuito de promover limpezas étnicas – e evitar que ciganos, homossexuais ou quaisquer "indesejados" transmitissem seus genes aos seus descendentes. O apogeu dessa barbárie, evidentemente, ocorreu na Alemanha nazista.
A descoberta da estrutura do DNA, em 1953, e o mapeamento completo do genoma humano, em 2003, abriram um campo de exploração sem precedentes para entender as origens biológicas da personalidade. Hoje se sabe que os comportamentos dependem da interação entre fatores genéticos e ambientais. Além disso, as descobertas mais recentes nesse campo mostram que a influência dos hábitos e do estilo de vida de cada um na ação dos genes é maior do que se pensava. Pessoas com genes associados à depressão têm mais probabilidade de desenvolver a doença se forem expostas a eventos traumáticos durante a vida. Do mesmo modo, indivíduos com dificuldade no metabolismo do álcool não vão se tornar automaticamente abstêmios.
Devido à descoberta do gene do otimismo – uma variação do gene responsável pelo transporte da serotonina, neurotransmissor associado a sensações como o bem-estar e a felicidade –, a geneticista Mayana Zatz afirma: é possível que, de agora em diante, tenhamos de ser mais tolerantes com quem teima em ver apenas o lado negativo do mundo. Afinal, essa atitude, em parte, está nos genes.
(Adaptado de Leandro Beguoci. Veja, 6 de maio de 2009, p.132-134)
1. A afirmativa que resume corretamente o assunto do texto é:
(A) A ciência está retomando algumas das teses dos pensadores da Antiguidade, para explicar os mais diversos matizes da personalidade humana.
(B) Mesmo com as recentes descobertas científicas fica difícil determinar as causas psíquicas que regem a predisposição humana para o otimismo.
(C) A valorização da influência genética baseia os estudos sobre a personalidade, desconsiderando as relações que se estabelecem no meio em que as pessoas vivem.
(D) Os avanços no ramo da genética buscam explicar certos traços da personalidade humana na interação entre o ambiente e o genoma.
(E) Há atualmente um posicionamento científico sobre a personalidade humana que vem desde o século passado, de predomínio das influências do meio.

2. Com as referências à depressão e ao alcoolismo, no 2o parágrafo, o autor busca
(A) registrar as últimas pesquisas sobre a predominância dos genes em alguns problemas de personalidade, desconsiderando escolhas individuais diante deles.
(B) ressaltar as recentes conclusões a que chegaram os cientistas sobre o peso de determinadas situações de vida no desencadeamento da ação de fatores genéticos.
(C) apontar a fatalidade de certos acontecimentos na vida humana, determinados anteriormente pela escolha pessoal, tanto que não estão sujeitos a alterações.
(D) evidenciar a importância de estudos genéticos sobre a personalidade, como condição indispensável de cura a certos males decorrentes das condições da vida moderna.
(E) assinalar os recentes avanços da pesquisa genética, como justificativa para a importância dos sentimentos, como a felicidade, nos relacionamentos pessoais.

3. O apogeu dessa barbárie, evidentemente, ocorreu na Alemanha nazista. (final do 1o parágrafo)
O sentido original da afirmativa acima está corretamente reproduzido, com outras palavras, considerando-se o contexto, em:
(A) As ações políticas, especialmente contra a Alemanha, foram um acontecimento marcante durante todo o período nazista.
(B) O posicionamento político nascido na Alemanha nazista resultou de descobertas científicas na área do comportamento humano.
(C) O auge da promoção da limpeza étnica, uma das maiores atrocidades, aconteceu durante o regime nazista na Alemanha.
(D) O exemplo oferecido pela Alemanha nazista ignora os eventos traumáticos a que muitas pessoas podem ser submetidas.
(E) Na Alemanha nazista, tornou-se possível comprovar a validade das teorias científicas, apesar dos horrores da guerra.

4. Identifica-se relação de causa e consequência no segmento:
(A) ... o debate se deu principalmente em torno do grau de responsabilidade que a natureza e o ambiente teriam na formação da personalidade.
(B) ... muitos pensadores se agarraram à tese de que o ser humano é produto apenas do ambiente.
(C) Além disso, as descobertas mais recentes nesse campo mostram que a influência dos hábitos e do estilo de vida de cada um na ação dos genes é maior do que se pensava.
(D) Pessoas com genes associados à depressão têm mais probabilidade de desenvolver a doença se forem expostas a eventos traumáticos durante a vida.
(E) Devido à descoberta do gene do otimismo [...], a geneticista Mayana Zatz afirma ...

5. A busca por explicações para os diversos matizes da personalidade ... (início do texto)
A mesma regência assinalada acima NÃO está caracterizada na expressão:
(A) na formação da personalidade.
(B) produto apenas do ambiente.
(C) uma reação à série de barbaridades.
(D) em vários países da Europa.
(E) a influência dos hábitos e do estilo de vida.

De toda a água existente no planeta, apenas o percentual de 3% é doce, e sua maior parte está em geleiras. Mas o restante, se bem usado, pode abastecer a natureza e o homem.
"O início das comunidades sedentárias é o início da necessidade de administrar suprimentos de água doce", diz o arqueólogo inglês Steve Mithen. "Esse é um ponto de partida para o grande dilema moderno. De preocupação de indivíduos, passou para cidades, nações e hoje é um tema global."
A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que cerca de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e pelo menos dois bilhões não conseguem água adequada para beber, lavar-se e comer. Viver com escassez de água é uma condição associada a milhões de mortes ao ano, causadas por doenças, má nutrição, fome crônica. Ao afastar meninos e meninas da escola, ela impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor.
O crescimento populacional e a necessidade de abastecer as pessoas com água −incluindo aí uma atividade crucial, a agricultura – são fatores essenciais na questão, que o aquecimento global vem agravar. Só para atender à produção de alimentos, o Banco Mundial estima que o consumo de água aumentará 50% por volta de 2030. Especialistas anteveem que, se nada for feito, bilhões de indivíduos se juntarão aos que já sofrem com sua falta. As decorrências disso serão doenças, fome, migrações e conflitos pela posse de água.
A má gestão da água tem reduzido os estoques aproveitáveis.
Fator importante é a crença da maioria das pessoas de que a água é um bem comum, que não pertence a ninguém em especial. Há, também, uma evidente desproporção entre o que é extraído e o volume de reposição disponível, sobretudo a partir do século passado.
(Adaptado de Eduardo Araia. Planeta, março de 2009, p. 44-49)

6. Mas o restante, se bem usado, pode abastecer a natureza e o homem. (1o parágrafo)
É correto concluir, da afirmativa grifada acima, que
(A) a água, ainda bastante disponível na natureza, apresenta-se como um bem praticamente acessível a todas as pessoas.
(B) o uso equilibrado da água é fundamental para que ela possa realmente suprir as necessidades da população no planeta.
(C) os estoques aproveitáveis de água são inacessíveis às reais necessidades da natureza e de consumo de toda a população mundial.
(D) as dificuldades decorrentes do consumo de água podem comprometer os recursos naturais e a continuidade da vida no planeta.
(E) a água está se tornando cada vez mais escassa em vários lugares, principalmente em razão de sua má distribuição.

Instruções: Para responder à questão de número 7, considere o 2o parágrafo do texto.
7. Segundo o Dicionário Houaiss, dilema é um raciocínio que parte de premissas contraditórias e mutuamente excludentes, mas que paradoxalmente terminam por fundamentar uma mesma conclusão.
A afirmação de que administrar o uso da água é um grande dilema moderno significa, portanto,
(A) fornecer quantidade de água doce necessária para toda a população do planeta, mas gerenciar corretamente seu uso.
(B) tornar disponível volume de água suficiente para o consumo humano, mesmo que seja em detrimento de outras atividades também importantes.
(C) priorizar o fornecimento de água para a população, embora ela seja necessária na produção de alimentos, cujo consumo é bem maior.
(D) gerenciar de modo satisfatório os conflitos surgidos em razão de disputas por água, mesmo beneficiando somente algumas poucas nações.
(E) controlar os fatores que aceleram o aquecimento global, apesar da dificuldade em conciliar os interesses dos diferentes governos.

O emprego das aspas identifica
(A) a ideia central, que será a base de todo o desenvolvimento.
(B) uma justificativa necessária para a informação constante do parágrafo anterior.
(C) a antecipação do assunto que passará a ser abordado mais adiante.
(D) a introdução de informação de certa forma desnecessária no contexto.
(E) uma transcrição fiel das palavras de um especialista
no assunto abordado.

1 – D 2 – B 3 – C 4 – E 5 – D 6 – B 7 – A 8-E

EXERCÍCIO 9

Entre uma prosa e outra, "seo" Samuca, morador das cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria cabocla: "Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira e não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar." Samuel dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou sujos e campos cerrados, ecossistemas que constituem a magnífica savana brasileira. "Ainda bem que existe o Parque", exclama o vaqueiro, "porque hoje tudo em volta de mim é plantação de soja e pastagem pra gado."
Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas, nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduás-bandeira,lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, ameaçado de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca D'Anta, primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 metros de queda livre.
No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece um deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao contrário dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão, nascentes, cachoeiras, lagoas, serras e chapadões. E uma fauna exuberante, com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas, os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca descobriram o capim-dourado, uma fibra que a criatividade local transformou em artigo de exportação.
Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das matas de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas, dos cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do município de Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o Parque Nacional das Emas, onde acontece o surpreendente espetáculo da bioluminiscência, uma irradiação de luz azul esverdeada produzida pelas larvas de vaga-lumes nos cupinzeiros. Pena que todo o entorno do parque foi drenado para permitir a plantação de soja. Agrotóxicos despejados por avião são levados pelo vento e contaminam nascentes e rios que atravessam essa unidade de conservação. Outra tristeza provocada pela ganância humana são as voçorocas das nascentes do Rio Araguaia, quase cem, com quilômetros de extensão de dezenas de metros de profundidade. Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.
Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 espécies de plantas locais são utilizadas pela medicina popular), o Cerrado do "seo" Samuca está minguando e tende a desaparecer.O que percebo, como testemunha ocular, é que entra governo e sai governo e o processo de desertificação do país continua em crescimento assombroso.
Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em fazer desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços das Geraes, esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela genialidade de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso conformismo e nossa proverbial omissão.
(Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial H 4-5, 27 de setembro de 2009, com adaptações)

11. A afirmativa correta, de acordo com o texto, é:
(A) A transformação das riquezas do Cerrado em artigo de exportação pela população local despreza as características nacionais desses produtos.
(B) Os vastos espaços das Geraes se constituem de diferentes faces em sua formação de matas e campos de vários tipos.
(C) A sabedoria cabocla consiste na descoberta das riquezas do Cerrado e em seu aproveitamento econômico.
(D) A plantação de soja e a pastagem pra gado garantem a sustentabilidade econômica dos moradores do Cerrado.
(E) O conformismo dos habitantes da região central do Brasil transforma toda essa região em um deserto com dunas de até 40 metros de altura.

12. Um título apropriado para o texto poderia ser:
(A) Plantas do Cerrado constituem a base da medicina popular brasileira.
(B) Oportunidades de trabalho reduzidas dificultam o desenvolvimento humano na região do Cerrado.
(C) Flora e fauna típicas da região do Cerrado formam um belo cenário em risco de extinção.
(D) Diversidade na formação do Cerrado compromete a eficácia da preservação de sua paisagem.
(E) Cultura de grãos convive em harmonia com a biodiversidade do Cerrado.

13. Considerando-se o desenvolvimento das ideias no texto, é correto perceber
(A) deslumbramento nacionalista pelas riquezas, até mesmo bem aproveitadas economicamente, de uma vasta região brasileira.
(B) condenação de certos hábitos entranhados na população menos escolarizada, de utilizar as riquezas do
solo, destruindo o meio ambiente.
(C) total defesa do papel desempenhado pelos rios da região, tanto pela água que fornecem quanto por sua navegabilidade.
(D) crítica à atuação do homem na região do Cerrado, e também às falhas no controle eficaz tanto de governos quanto da sociedade.
(E) referência explícita a alguns produtos cultivados na região, que propiciam qualidade de vida aos seus moradores.

14. É correto inferir do texto que nele há, predominantemente,
(A) um olhar sobre toda a diversidade existente no bioma que se estende por vários Estados do Planalto Central brasileiro.
(B) a intenção subjacente de apontar a enorme importância do rio São Francisco como garantia da produção agrícola no Cerrado.
(C) a tentativa, um tanto inútil, de mostrar os vários aspectos da cultura popular na região do Cerrado, a partir da visão de um vaqueiro.
(D) uma visão tristonha sobre essa vasta região do país, desconhecida da maioria dos brasileiros, apesar da imensa beleza de suas paisagens.
(E) a surpresa de um viajante, ao se deparar com a estranha diversidade de uma mesma região, que vem prejudicar sua classificação como bioma.

15. Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade. (4o parágrafo) A oração grifada acima denota, considerando-se o contexto,
(A) causa.
(B) ressalva.
(C) consequência.
(D) temporalidade.
(E) proporcionalidade.
11 – B 12 – C 13 – D 14 – A 15 – C

EXERCÍCIO 10

O primeiro voo
Mais do que um marinheiro de primeira viagem, o passageiro de primeiro voo leva consigo os instintos e os medos primitivos de uma espécie criada para andar sobre a terra. As águas podem ser vistas como extensão horizontal de caminhos, que se exploram pouco a pouco: aprende-se a nadar e a navegar a partir da segurança de uma borda, arrostando-se gradualmente os perigos. Mas um voo é coisa mais séria: há o desafio radical da subida, do completo desligamento da superfície do planeta, e há o momento crucial do retorno, da reconciliação com o solo. Se a rotina das viagens aéreas
banalizou essas operações, nem por isso o passageiro de primeira viagem deixa de experimentar as emoções de um heróico pioneiro.
Tudo começa pelo aprendizado dos procedimentos iniciais. O novato pode confundir bilhete com cartão de embarque, ignora as siglas das placas e monitores do aeroporto, atordoa-se com os avisos e as chamadas da locutora invisível.
Já de frente para a escada do avião, estima, incrédulo, quantas toneladas de aço deverão flutuar a quilômetros de altura – com ele dentro. Localizada a poltrona, afivelado o cinto com mãos trêmulas, acompanha com extrema atenção as estudadas instruções da bela comissária, até perceber que ele é a única testemunha da apresentação: os demais passageiros (maleducados!)
leem jornal ou conversam. Quando enfim os motores, já na cabeceira da pista, aceleram para subir e arrancam a plena potência, ele se segura nos braços da poltrona e seu corpo se retesa na posição seja-o-que-Deus-quiser.
Atravessadas as nuvens, encanta-se com o firmamento azul e não tira os olhos da janela – até perceber que é um embevecido solitário. Alguns buscam cochilo, outros conversam animadamente, todos ignoram o milagre. Pouco a pouco, nosso pioneiro vai assimilando a rotina do voo, degusta o lanche com o prazer de um menino diante da merenda, depois prepara-se para o pouso na mesma posição que assumira na decolagem.
Tudo consumado, resta-lhe descer a escada, bater os pés no chão da pista e convencer-se de que o homem é um bicho estranho, destinado a imaginar o irrealizável só pelo gosto de vir a realizá-lo. Nos voos seguintes, lerá jornal, cochilará e pouco olhará pela janela, que dá para o firmamento azul. (Firmino Alves, inédito)

1. Atente para as seguintes afirmações:
I. No 1o parágrafo, o segmento arrostando-se gradualmente os perigos tem o sentido de prevenindo-se passo a passo contra os riscos.
II. No 2o parágrafo, o segmento estima, incrédulo tem o sentido de aprecia, duvidoso.
III. No 3o parágrafo, o segmento é um embevecido solitário tem o sentido de é o único enlevado.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

2. Ao detalhar e comentar as experiências de um passageiro imaginário, o autor do texto vai qualificando a evolução de suas reações, deixando clara a tese de que, ao fim e ao cabo,
(A) a consumação de um ato heróico inspira novas ousadias.
(B) a reiteração de um feito transmuda o encantamento em indiferença.
(C) o espírito heróico do pioneirismo dá lugar ao sentimentalismo piegas.
(D) o fascínio de uma aventura coletiva se converte em aflição individual.
(E) a expectativa dos grandes desafios leva a uma inesperada frustração.

3. No contexto do primeiro parágrafo, entre as expressões marinheiro de primeira viagem e passageiro de primeiro voo estabelece-se uma relação de
(A) sucessivas alternâncias, pois ora se está caracterizando uma, ora se está caracterizando a outra.
(B) antagonismo de sentido, uma vez que o imobilismo de uma situação se opõe ao dinamismo da outra.
(C) analogia de sentido, em que se ressalta, todavia, uma diferença marcante entre as situações a que se referem.
(D) subordinação de sentido, uma vez que o entendimento da primeira expressão depende da compreensão da segunda.
(E) semelhança meramente formal, pois o sentido da primeira em nada lembra o sentido da segunda.

4. Na frase a rotina das viagens aéreas banalizou essas
operações, o sentido do verbo banalizar é equivalente ao sentido que assume o verbo sublinhado em:
(A) O progresso trivializou experiências que eram vistas
como temerárias.
(B) A nova diretoria restringiu algumas das iniciativas programadas.
(C) A agência de turismo fez de tudo para popularizar seus planos de viagem.
(D) O comandante vulgarizou-se ao se dirigir daquele modo à tripulação.
(E) A companhia apequenou seus novos projetos diante
da crise.
001 – C 002 – B 003 – C 004 – A


EXERCÍCIO 11

Para responder às questões de números 1 a 10, considere os textos I e II apresentados a seguir.

Texto I
Não despertemos o leitor
Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo.
Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto. Apenas as eternas frases feitas.
"A vida é um fardo" − isto, por exemplo, pode-se repetir sempre. E acrescentar impunemente: "disse Bias". Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios da Grécia, pois todos os sete, como há vinte séculos já se queixava Plutarco, eram uns verdadeiros chatos. Isto para ele, Plutarco. Mas, para o grego comum da época, devia ser a delícia e a tábua de salvação das conversas.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado a sério com ideias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista:
"O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!"
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.
(Mario Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 2005. v. único. p. 275-276)

Texto II
Clichês são expressões tão utilizadas e repetidas que se desgastaram e se afastaram de seu significado original. Essa espécie de "preguiça linguística" que poupa esforços, inibe a reflexão e multiplica a passividade entre interlocutor e receptor, permeia todos os níveis da linguagem, da conversa de elevador aos discursos políticos, passando, obviamente, pela mídia. Ao usar clichês como muletas do discurso, o texto certamente flui com facilidade − a linguagem, porém, empobrece.
O clichê nasce como uma ideia criativa, mas é repetida à exaustão e se transforma em um cacoete. Ele está inserido num contexto que a gíria nunca alcança e o provérbio sempre ultrapassa − a gíria pressupõe vitalidade e o provérbio, ao contrário, já nasce cristalizado. Entre os chavões mais comuns estão as locuções e combinações invariáveis de palavras (sempre as mesmas, na mesma ordem), como "frio e calculista", "mentira deslavada" e "chuva torrencial". Esse tipo de clichê está presente na linguagem falada e escrita, seja formal ou informal.
O desconforto em relação ao uso de clichês está na denotação de falta de originalidade, exigindo um mínimo de produção e de interpretação. Por outro lado, os clichês presentes em um texto, um filme ou uma conversa apenas são entendidos como tal se os interlocutores tiverem referências em comum. A tensão entre a necessidade de ser entendido e a vontade de fazê-lo com expedientes criativos e originais pode levar, num extremo, à adoção de uma linguagem privada e ininteligível.
Segundo o psicanalista e sociólogo alemão Alfred Lorenzer, o indivíduo se afasta da interação social por conta do uso de palavras-chave, que ele emprega sem pensar no que significam e que recebe e repassa como moeda de mercado. A escassez de significado que marca o clichê representa o empobrecimento da linguagem e, por consequência, a incapacidade de interpretar e criticar o mundo sensível dos fatos.
Em outra visão, o sociólogo Anton C. Zijderveld defende que "A vida social cotidiana é uma realidade impregnada por convenções e este fato prosaico constitui a própria base da ordem social. (...) Sem clichês, a sociedade degeneraria num estranho caos".
(Adaptado de Tatiana Napoli. Língua portuguesa. São
Paulo: escala educacional, no 17. p. 48-51)

1. Ambos os textos
(A) se aproximam quando se referem a um eventual leitor, que pode estar sonolento ao ler uma obra, e a um autor que, por ser original, se torna incompreensível.
(B) estabelecem uma situação paralela de compreensão
mútua entre autor e leitor, no texto I, e entre interlocutor e receptor, no texto II.
(C) são concordes quanto ao fato de que o lugar-comum
dispensa maior elaboração, quer da parte de quem o repete, quer da parte de quem o lê ou ouve.
(D) realçam a importância da opinião de certas pessoas,
tal como a do "figurão" no texto I, ou a dos especialistas
que foram citados, no texto II.
(E) apontam o sucesso incontestável das frases pronunciadas por pessoas de prestígio, seja nos tempos
antigos, seja na atualidade.

2. Fica claro, no texto II, que os clichês
(A) podem ser a fórmula ideal para garantir o sucesso literário de um escritor, pois é necessário que ele seja facilmente entendido pelos leitores.
(B) resultam em desconforto para quem fala e também para quem ouve, porque algumas vezes impossibilitam uma perfeita comunicação entre ambos.
(C) são convenções que, por serem originais desde o início, se estabelecem na linguagem, embora nem sempre se estabeleça a comunicação entre os interlocutores.
(D) se estruturam na linguagem cotidiana pela facilidade
de entendimento, mas geram desconforto nos escritores, necessariamente originais e criativos.
(E) se criam e se mantêm dentro de um universo de referências comuns aos interlocutores, no momento do ato comunicativo.

3. De acordo com o texto II, clichê, gíria e provérbio
(A) podem, eventualmente, confundir-se, como fórmulas prontas de fácil compreensão de leitura.
(B) se diferenciam por sua própria história, em sua origem e na formação de seu sentido particular.
(C) constituem marcas de originalidade em um discurso até mesmo por vezes pouco compreensível.
(D) cristalizam pensamentos que se fixaram e se desgastaram pelo uso convencional ao longo do tempo.
(E) resultam de transformações no idioma em conseqüência do emprego reiterado em textos formais ou informais.

4. Identifica-se noção de causa (1) e consequência (2), respectivamente, entre os segmentos do texto II:
(A) 1. são expressões tão utilizadas e repetidas
2. que se desgastaram e se afastaram de seu significado original.
(B) 1. inibe a reflexão
2. e multiplica a passividade entre interlocutor e receptor.
(C) 1. O clichê nasce como uma ideia criativa
2. mas é repetida à exaustão e se transforma em um cacoete.
(D) 1. Ele está inserido num contexto
2. que a gíria nunca alcança e o provérbio sempre ultrapassa.
(E) 1. O desconforto em relação ao uso de clichês está na denotação de falta de originalidade
2. exigindo um mínimo de produção e de interpretação.

5. O 4o parágrafo do texto II justifica a afirmativa de que (A) as frases feitas nem sempre traduzem fielmente as imagens criadas por um escritor.
(B) o lugar-comum pode, em determinados contextos, assegurar a interação social.
(C) os chavões, devido à combinação invariável de palavras, logram êxito na linguagem.
(D) o clichê é uma expressão desgastada, que denota dificuldade de pensamento crítico.
(E) a incapacidade de interpretar os fatos cotidianos degenera em desordem social.

6. O sentido do último parágrafo do texto II aproxima-se, no texto I, da afirmativa:
(A) Os leitores são, por natureza, dorminhocos.
(B) Apenas as eternas frases feitas.
(C) Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios da Grécia ...
(D) Mas, para o grego comum da época, devia ser a delícia e a tábua de salvação das conversas.
(E) O lugar-comum é a base da sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições.
7. O pensamento dos especialistas citados nos dois últimos parágrafos do texto II está sintetizado, respectivamente, nas expressões:
(A) falta de originalidade − pobreza de recursos que permitam intensa vida social
(B) incapacidade crítica − fixação de sentidos que favorece o convívio social
(C) capacidade de síntese − ausência de originalidade nas relações cotidianas
(D) ausência de valores − manutenção de um contexto comum de referências
(E) exemplo de banalidade − maneira de garantir a compreensão da realidade
8. − a linguagem, porém, empobrece. (1o parágrafo − texto II)
O segmento isolado pelo travessão indica, no contexto, (A) repetição insistente da afirmativa inicial do texto.
(B) explicação redundante da expressão muletas do discurso.
(C) comentário desnecessário, cujo sentido está implícito no parágrafo.
(D) afirmativa que restringe o que foi dito anteriormente no período.
(E) ressalva a todo o desenvolvimento do parágrafo.

9. Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? (4o parágrafo − texto I)
A questão acima encontra, no texto II, observação de sentido idêntico no segmento:
(A) Essa espécie de "preguiça linguística" que poupa esforços, inibe a reflexão e multiplica a passividade entre interlocutor e receptor, permeia todos os níveis da linguagem ...
(B) O clichê nasce como uma ideia criativa, mas é repetida à exaustão e se transforma em um cacoete.
(C) Entre os chavões mais comuns estão as locuções e combinações invariáveis de palavras (sempre as mesmas, na mesma ordem), como "frio e calculista", "mentira deslavada" e "chuva torrencial".
(D) O desconforto em relação ao uso de clichês está na
denotação de falta de originalidade...
(E) Por outro lado, os clichês presentes em um texto, um filme ou uma conversa apenas são entendidos como tal se os interlocutores tiverem referências em comum.

10. A afirmativa do texto I empregada com sentido conotativo é:
(A) Gostam de ler dormindo.
(B) Apenas as eternas frases feitas.
(C) Bias não faz mal a ninguém...
(D) Ninguém é levado a sério com ideias originais.
(E) "A vida é um fardo"...
1 – C 2 – E 3 – B 4 – A 5 – D 6 – E 7 – B 8 – D 9 – A 10 - E

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